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Edição 4138

Instituição guarda a memória de 16 presidentes que passaram pelo Palácio do Catete, no Rio de Janeiro
O Museu da República, no Rio de Janeiro, comemorou nesta segunda-feira (15/11), dia da Proclamação da República, 50 anos de criação. A data foi marcada com uma programação especial que incluiu o lançamento do projeto de visita virtual.

A partir de agora, os interessados em conhecer o Palácio do Catete, na zona sul da cidade, podem acessar a página do Museu da República na internet e passear pelo local que, durante 63 anos, foi a sede do Poder Executivo do Brasil. O site é http://www.museudarepublica.org.br/

A diretora do museu, Magaly Cabral, informou que é a primeira vez que um museu do estado abre essa possibilidade. "A partir de hoje, o Museu da República pode ser visitado de qualquer parte do mundo. Isso pode atrair novos visitantes, porque uma pessoa pode acessar o link, conhecer a história da República e, depois, querer visitar ao vivo o que viu pelo site".

Segundo Cabral, a instituição, que guarda a memória de 16 presidentes que por ali passaram, tem entre seus objetivos provocar a reflexão sobre o papel da sociedade no atual modelo republicano do Brasil.

"O Museu da República tem compromissos com a preservação da história republicana do país através dos diversos testemunhos que abriga, mas também tem o compromisso de propor reflexões sobre o que acontece nos dias atuais. Tem a missão de mostrar para a sociedade o que a República é hoje e que depende de nós".

O Museu da República foi inaugurado em 15 de novembro de 1960, pelo presidente Juscelino Kubitschek, após a transferência da capital para Brasília.

O Palácio do Catete, que abriga o museu, foi construído no século 19 pelo comerciante e fazendeiro de café Antônio Clemente Pinto, o barão de Nova Friburgo. O local foi palco de intensas articulações políticas, como as que levaram o Brasil à guerra contra a Alemanha, em 1917, e o Eixo Alemanha-Itália-Japão, em 1942. Foi também ali que o corpo do presidente Afonso Pena foi velado, em 1909, e onde Getúlio Vargas se suicidou, em 1954.

Em 1938, durante o Estado Novo, o Palácio e seus jardins foram tombados pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Com um acervo que reúne fotos, documentos, objetos, mobiliário e obras de arte dos séculos 19 e 20, o palácio recebe, atualmente, 72 mil visitantes por ano. O espaço funciona de terça a sexta-feira, das 10h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h.
(Thais Leitão)
(Agência Brasil, 15/11)

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