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JC e-mail 4668, de 20 de Fevereiro de 2013.
      
14. Projeto exige diploma em regulamentação de profissão de historiador
    
De acordo com a proposta, além do diploma de curso superior, poderá trabalhar na área quem tiver mestrado ou doutorado na área, sem ter concluído o terceiro grau especificamente em História

Proposta de 2004 que permite que profissionais sem curso superior ou mestrado ou doutorado na área trabalhem como historiadores foi aprovada pela Comissão de Trabalho e já tem parecer favorável na CCJ.

O Projeto de Lei 4699/12, do Senado, regulamenta a profissão de historiador, exigindo que ele tenha pelo menos o diploma de curso superior em História. Além do diploma de curso superior de universidade brasileira ou estrangeira revalidado no Brasil, poderá trabalhar na área quem tiver mestrado ou doutorado na área, sem ter concluído o terceiro grau especificamente em História. O profissional também terá que se registrar na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do local onde irá atuar.

Além do magistério, o texto relaciona outras atividades privativas do historiador:
- organização de informações para publicações, exposições e eventos em empresas, museus, editoras, ou emissoras de Televisão, sobre temas de História;
- planejamento, organização, implantação e direção de serviços de pesquisa histórica;
- assessoramento, organização, implantação e direção de serviços de documentação e informação histórica;
- assessoramento na seleção de documentos a serem preservados;
- elaboração de pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e trabalhos sobre temas históricos.

O projeto de lei 3759 de 2004, que também regulamenta a profissão de historiador, foi aprovado pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço público e já tem parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. A proposta, no entanto, permite que o profissional que atue na área há mais de cinco anos e não tenha diploma também possa tirar o registro de historiador.

Consultoria sobre produtos
O autor da proposta, senador Paulo Paim (PT-RS), argumenta que, "num mundo onde a qualidade e a excelência de bens e serviços se sofisticam cada vez mais, o trabalho dos historiadores não comporta mais amadores ou aventureiros".

Conforme o senador, a presença desses profissionais é, a cada dia, mais solicitada em áreas tão distintas quanto turismo, indústria e cultura. "No âmbito industrial, o historiador trabalha com consultoria sobre produtos que foram lançados no passado, para análise de sua trajetória e avaliação sobre a viabilidade", exemplifica.
No setor de turismo, seria contratado para elaborar roteiros. Já na área de cultura, segundo Paim, "faz pesquisa de época para produtores de teatro, cinema e televisão, quer auxiliando na elaboração de roteiros, quer dando consultoria sobre os cenários e outros elementos da produção artística".

Tramitação
Em regime de prioridade, o projeto será analisado pelas Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público e de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ser votado no Plenário.

(Agência Câmara Notícias)
 

Comentários

Por Roberto Affonso Pimentel
em 25 de Fevereiro de 2013 às 15:20.

Antes que me proibam de escrever sobre História e, muito menos ter a audácia de publicá-los sem ter a necessária formação acadêmica, deixo registrada minha contribuição à posteridade com duas obras únicas: Villa Pereira Carneiro (400 pág., 2008) e História do Voleibol no Brasil (2 vol., 1.047 pág., 2012).

Poderão avaliar os escritos sobre a Villa Pereira Carneiro, bairro de Niterói em que nasci, constituindo-se portanto na própria história niteroiense, a partir do blog de R. S. Kahlmeyer-Mertens, http://www.literaturavivencia.blogspot.com.br / "Villa Pereira Carneiro": Recanto adorável de Niterói em livro definitivo (localizar pela data: 28 de julho de 2012).

 

 Destaco o que ele disse citando ESOPO, Fábulas:

"Os animais da floresta se reuniram para escolher sua rainha. Na disputa, a cevada porca reclamou a coroa: “– Eu chego a dez filhos!”. A ardilosa raposa, coçando sua calva, calculava quase cem crias nas últimas primaveras. Foi quando chegou a leoa dizendo ser ela a rainha. Autoritária, a cadela (acudida pela toupeira e pelo veado) contestou questionando quantos filhotes ela teria. A leoa respondeu imediatamente “– Um, mas é um leão”.

E termina enfaticamente:

"Diante de livro em apreço – por enquanto o primeiro e o único de seu autor – minha palavra aos “prolíficos estoriadores” (sic) não pode ser outra senão aquele verso de Leconte de Lisle: “Lâche, que ne fais-tu comme a fait ce lion?”[1]  Enfim: livro de Roberto Pimentel é um leão!

[1] “Frouxo, por que não fazes como este leão?”

Quanto à História do Voleibol no Brasil, enviei um exemplar para aquele crítico e estou ao aguardo de seus comentários. E de quanto se disponham a fazê-lo. Por enquanto, está adjetivado como único, enciclopédico, memorialista e uma obra de referência.

  
As pessoas que quiserem adquirir os dois volumes dessa História, peço que entrem em contato om o autor por e-maii.

 

 


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