SIMPÓSIO INTERNACIONAL
"ESPORTE, COLONIALISMO E PÓS-COLONIALISMO EM PAÍSES AFRICANOS DE LÍNGUA
OFICIAL PORTUGUESA"
1 e 2 de junho de 2010
Rio de Janeiro/Brasil
Local: Fórum de Ciência e Cultura/Universidade Federal do Rio de Janeiro
Promoção: "Sport": Laboratório de História do Esporte e do Lazer/UFRJ;
Núcleo de Estudos Contemporâneos/UFF; Núcleo de Estudos Brasil-África/UFF;
Fórum de Ciência e Cultura/UFRJ
Apoio: CNPq; Faperj; Programa de Pós-Graduação em História Comparada/UFRJ;
Programa de Pós-Graduação em História/UFF; Pronex
1º COMUNICADO
A relação entre o esporte e a construção de identidades nacionais, a exemplo
do que ocorre em outras partes do mundo, pode ser plenamente identificada
nos países africanos de língua oficial portuguesa, algo que se demonstra
reforçado pela proximidade de realização no continente de dois importantes
eventos: a Copa do Mundo de Futebol, na África do Sul, e a Copa Africana de
Nações/Futebol, em Angola, ambos em 2010.
Certamente um dos motivos de tal ocorrência é o grau de penetrabilidade
internacional do esporte, notadamente do futebol. Em uma ordem mundial em
que o sentido de nação parece difuso perante o poder das empresas
transnacionais, algo que tem impacto maior nos países em desenvolvimento, e
em que as organizações internacionais (ONU, Unesco etc) se encontram
fragilizadas, as competições esportivas se apresentam como um dos principais
fóruns para se louvar e exaltar a idéia de pátria, algo de grande
importância para países que se tornaram independentes recentemente.
No âmbito das competições esportivas, ainda que marcados por situações de
desigualdade, esses países tornam-se ativos, conhecidos, mesmo
surpreendentes: há sempre a possibilidade de uma vitória e/ou de uma bela
atuação, que será celebrada como uma grande conquista pela população local,
com o incentivo de dirigentes e da imprensa: esses eventos permitem em
elevado grau uma performance pública de nação. Além disso, e mesmo por isso,
o esporte foi e continua sendo utilizado por regimes políticos e
administrações governamentais tanto como estratégia para encaminhar
propostas de intervenção social quanto como propaganda de uma suposta
eficácia administrativa, para alguns um reflexo dos "avanços do país".
A despeito dessa grande importância, o esporte segue sendo um tema menos
discutido no âmbito dos Estudos Pós-Coloniais, dos Estudos da África e nos
Estudos do Esporte, algo ainda mais perceptível quando falamos dos países
africanos de língua oficial portuguesa
Como parte de um projeto de investigação apoiado pelo Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), nos dias 1 e 2 de junho de
2010 será realizado, no Rio de Janeiro, o SIMPÓSIO INTERNACIONAL "ESPORTE,
COLONIALISMO E PÓS-COLONIALISMO EM PAÍSES AFRICANOS DE LÍNGUA OFICIAL
PORTUGUESA", cuja programação inicial segue abaixo.
Desde já convidamos a todos para participarem desse fórum de discussão.
Para mais informações, contactar Victor Melo em victor.a.melo@uol.com.br ou
em www.sport.ifcs.ufrj.br
Programação
1 de junho de 2010
* 9 horas
Abertura
* 10 horas - Conferência
- Os estudos do esporte e o continente africano
Richard Giulianotti/Grã-Bretanha
* 12 horas - almoço
* 14 horas - Mesa Redonda
- O esporte no período colonial: identidade e lutas políticas
O caso de Moçambique - Nuno Domingos/Portugal
O caso de Cabo Verde - Victor Melo/Brasil
O caso de Angola - Andrea Marzano/Brasil
O caso de São Tomé e Príncipe - Augusto Nascimento/Portugal (a confirmar)
* 17h30 - 18 horas - Intervalo
* 18 horas - Mesa Redonda
- A presença da África no esporte da América do Sul
Simoni Lahud Guedes/Brasil
Vivian Fonseca/Brasil
David Quitian/Colômbia
2 de junho de 2010
* 9 horas - Mesa Redonda
- Pós-Colonialismo: trajetória e perspectivas
Daniel Aarão Reis/Brasil
* 12 horas - almoço
* 14 horas - Mesa Redonda
- O esporte no período pós-independência: identidade e lutas políticas
João Varela/Cabo Verde
Marcelo Bittencourt/Brasil
José Gonçalves/Brasil
David Justino/Angola (a confirmar)
* 17h30 - 18h - Intervalo
* 18h - Conferência
- O esporte e os estudos sobre África
Bea Vidacs/Hungria
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