Bem galera!
OSS
Abro este tópico para que possamos reiniciar as discussões com a comunidade.
Gostaria de saber onde praticam, quais as vantagens e desvantagens da prática do karatê, importância do karatê para cada um, como iniciou essa relação.
Assim, teremos ideia do perfil dos participantes dessa comunidade e poderemos selecionar material para as próximas discussões. Aguardo resposta.
Mas, aproveito para começar respondendo:
Me chamo Joice e comecei a praticar Karatê em 2002 no CEFET - BA, SSA, com o Mestre Enobaldo Ataíde. Iniciei com 15 anos a praticar o estilo Tradicional Shotokan de Karatê. Me graduei faixa Preta 1° Dan em junho de 2008. Ainda, na faixa roxa prestei vestibular para Educação Física, abandonando o desejo de ser Advogada, cursando na Universidade Católica de Salvador o Curso de Licenciatura em Educação Física. A paixão com o karatê se tornou cada vez mais intensa e necessária, buscando na Educação Física compreender as razões pedagógicas do Ensino dessa Arte no espaço Escolar.
De todas as influências do karatê na minha vida posso dizer que elas apresentam muito mais vantagens do que desvantagens. A única desvantagem foi não ter tido desvantagens. O karatê ampliou as minhas possibilidades de vivência com a Educação Física.
Costumo dizer que o Karatê é mais importante para mim do que a própria Educação Física, pois, esta apenas surgiu na minha vida, após ter conhecido o Mestre Enobaldo que me ensinou e ensina os caminhos de um Samurai.
Hoje, não me considero atleta, professora de karatê. Sou Karateka Onna-Musha!!!
OSS
Comentários
Por
Tatiana Zuardi Ushinohama
em 10 de Fevereiro de 2011 às 00:54.
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Olá....
Sou a Tatiana Zuardi Ushinohama. Sempre adorei esportes, praticipava e vivenciava tudo que;; podia, mas demorei para achar minha paixão. Aos 16 anos descobri: os katas. Iniciei com o Sensei Djalma Carribé, na ASKABA, pela Associação de Karatê Shotokan Tradicional.
Mudei-me para o interior de SP, e por falta de academias no estilo Shotokan que ensinasse kata, mudei para o estilo Wado-Ryu.
Após alguns anos decidi retornar para o estilo Shotokan, devido a luta ser o ponto forte estilo Wado, e não ser o que eu buscava. Encontrei na cidade vizinha o que queria e recomecei. No 2ºkyu, fui convida para assumir as aulas na filial da academia em minha cidade. Passei então a ensinar e a treinar.
Graduei - me pela Federação Paulista de Karatê/Confederação Brasileira de Karatê tendo como responsável técnico o Sensei Edson Nakama. Hoje, sou filiada também a uma instituição internacional no estilo Shotokan, ISKF.
Ao longo dos meus anos no karatê, fui atleta e tornei-me professora e técnica, inicialmente sem formação universitária. Ao assumir a responsabilidade de ensinar, percebi que para evoluir meus conhecimentos, precisaria mais que a técnica, precisaria aprender sobre o corpo e como fazer para aperfeiçoá-lo com segurança. Busquei então a formação em ed. Fisica.
Benefícios do karatê: Filosofia de vida (Budo) – evolução do corpo, da mente e do espirito.
Desvantagem: A falta de obrigatoriedade do ensino superior para o ensino do karatê. Vi, vejo e sei de muitas barbaridades dos professores de karatê para com seus alunos, principalmente em crianças, devido a falta de educação (conhecimento).
Oss!
Por
Joice Silva
em 10 de Fevereiro de 2011 às 11:13.
Tatiana fico muito feliz em saber que iniciou a sua história na ASKABA. O Mestre Denilson Caribé também foi Mestre do meu Sensei. Acho que a nossa relação se estreita ainda mais. Vamos aproveitar a nosso envolvimento com o Karatê e ampliar os horizontes da nossa comunidade. Estou repassando para os colegas da Academia e dos praticantes da Bahia. Vamos tentar fazer o mesmo em São Paulo através do seu intermédio.
Gostaria ainda, de comentar a respeito da desvantagem do Karatê que você pontuou. Garanto a você que essa obrigatoriedade é proposta por diversas vertentes. Por exemplo: Conheço um Professor de Karatê que nunca fez Ensino Superior em Educação Física e mesmo assim, é um dos melhores professores que conheci. Porém, existem outros que nem Karatê deveriam praticar. Mas, concordo com você que seria necessário que todos os Professores de Karatê pudessem se especializar para ampliar e qualificar a sua atuação.
Não querendo levantar bandeiras oposicionistas mas, já levantando, posso dizer que sou contra a Regulamentação do Professor de Educação Fìsica nas vertentes atuais. Posso citar que pelo menos aqui na Bahia a atuação do CREF é incoerente. Um professor de karatê para estar devido aos conformes da Legislação do CREF precisa apenas pagar uma taxa e já está credenciado a ministrar aulas de karatê normalmente. Há um desrespeito de duas maneiras. Com o professor de Educação Física que passa anos se especializando para possuir o registro e com a própria história da Arte Marcial, que é o Karatê se formos levar em conta o trabalho do Sensei Ginchin Funakoshi. Acredito que o CREF poderia oferecer um curso para que esses professores melhorassem a sua atividade, para que assim possam pagar a taxa e serem credenciados.
Enfim, basto-me por enquanto. Se não a discussão termina sem debate. kkk
Podemos nos ampliar mais nesse assunto.
Agradeço desde já a sua disponibilidade e espero não ofendê-la com minhas colocações, essa não é nem será minha intenção.
Abraços
Por
Tatiana Zuardi Ushinohama
em 11 de Fevereiro de 2011 às 06:48.
Oi Joyce e pessoal,
Fico feliz em poder contribuir e vir a somar com o grupo. Considero importante o debate com diferentes pontos de vista para a nossa reflexão e crescimento. No próximo encontro de técnico da ISKF/SP, vou apresentar o grupo.
A respeito da não obrigatoriedade do ensino superior para ensinar karatê. Concordo com você. Existe muito bons professores de karatê sem o ensino formal. Eu cito os professores com quem trabalho. Nenhum tem formação superior mas continuam estudando a técnica. No entanto, eles seriam melhor se tivessem feito faculdade.
O provisionamento que vem sendo feito pelo CREF, na minha opinião, é furada. Muitos desses professores estão dando o famoso “jeitinho brasileiro”. “Conseguem” uma certificação que estão ensinando a algum tempo, fazem um curso que só exige “corpo presente” e saem com a licença para ensinar em 1 ano. Por isso, considero necessário haver um nivelamento minimo do conhecimento, ele aconteceria através da exigência do ensino superior.
Se eu não me engano, a justificativa para a falta do ensino superior nas artes marciais é que trata-se de culturas milenares ensinadas progressivamente ao aluno. E ao adquirir uma certa graduação, o aluno estaria plenamente habilitado a ensinar. No entanto, na prática tudo se complica. No caso do karatê, temos várias organizações aprovando faixas pretas(1ºDan), sem critério único estabelecido entre elas. Aqui em SP, existe Federação Paulista de Karatê/CBK, JKA, ISKF, Interestilos e por ai vai.
Um outro ponto, é que para atingirmos a faixa preta (1ºDan), grau que nós é permitido aqui no Brasil ensinar, o conhecimento exigido é técnico, básico e individual. Não é cobrado do praticante qualquer conhecimento teórico. Essa cobrança no exame de faixa só começa a acontecer a partir do 3º Dan. Grau exigido em outros países para que um aluno ganhe o direito de ensinar. Aqui no Brasil, poucas são as pessoas que atingiram tal grau em qualquer uma das federações. Afinal para conquistar essa graduação, o aluno precisaria no mínimo 7 anos de prática e 23 anos de idade.
E, ensinar é bem diferente de praticar.
Oss!
Por
Joice Silva
em 11 de Fevereiro de 2011 às 08:16.
Oi Tati!! Se assim me permitir chamá-la.
Muito bem exposto suas colocações. Eu adiciono ainda, uma outra problemática em relação à graduação de faixa preta, aqui na Bahia vejo algumas crianças fazendo exames. É lógico que não ensinam karatê mas, fica uma grande dúvida em minha cabeça. Se eu não pratico karatê e vejo uma criança com a faixa preta, o que eu penso a respeito? Além, de que muitas acabam parando de praticar karatê. Conheci vários casos assim, porém, não sei se esses casos são especificos da região nordeste.
Vamos transformar a comunidade num DOJO!!! Treinamento - Práxis!!!
OSS
Por
Luiz Roberto Nuñes Padilla
em 3 de Março de 2011 às 17:43.
Prezadas:
As idéias aqui trocadas são uma benção num momento quando eu me encontro preocupado com o Ensino de artes marciais, especilamente o Karate, uma das mais nobres entre as menos complicadas de aprender e de praticar.
As corporações, ricas controladoras da sociedade, não interessa a prática de artes marciais, pois querem disseminar a cultura da superficialidade que a prática de artes marciais combate, porque o treinamento de luta desenvolve a percepção e torna a pessoa menos suscetível de ser manipulada.
Sobre essa "cultura" (ou falta de?...) contemporânea, chegastes a ver - no Portal Luiz Nassif:
http://blogln.ning.com/forum/topics/cultura-da-superficialidade-e/
Atenciosamente
Pad
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