Cevnautas das Leis,
A vida da lisura parece não estar fácil no Planalto Central. A bancada da cartola vai conseguir melar a CPI da CBF mais uma vez? Laércio
A perigosa intervenção do futebol no Poder Legislativo
José Cruz
A ousada intervenção do futebol no Congresso Nacional é perigosa e desmoralizadora. O senador Romário que se cuide, estão armando para melar a CPI da CBF!
No programa “Participação Popular”, sexta-feira, na TV Câmara, debati com o deputado (foto) e com José Carlos Brunoro, gerente do Brasília Futebol Clube, sobre os graves problemas do futebol, corrupção, inclusive.
Lembrei ao deputado Aro que o Congresso Nacional é, também, órgão fiscalizador, através das CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito). Como entender que a excelência tenha isenção para arguir e fiscalizar a CBF, sendo ele membro da diretoria investigada?
Mais: Marcelo Aro é diretor estatutário da Federação Mineira de Futebol, um dos órgãos que elegeu os ex-presidentes Ricardo Teixeira, José Maria Marin e o atual, Marco Polo del Nero!
Continue lendo o texto com fotos e links para os vídeos: http://josecruz.blogosfera.uol.com.br/2015/06/a-perigosa-intervencao-do-futebol-no-poder-legislativo/
Comentários
Por
André Luiz Villares Monteiro
em 15 de Junho de 2015 às 12:53.
Professor, essa questão é política! O Congresso Nacional, por mais que seja "a casa dos representantes do povo"... por mais que tenha mecanismos, como a CPI, para investigar as profundezas das trevas nos diversos campos da sociedade brasileira, não conseguirá estar a frente dos agentes específicos da área.
Nunca conseguiríamos, no Congresso Nacional ou em qualquer outra estrutura política do país, sem uma pressão dos agentes envolvidos com a questão! Peguemos, p.ex., a reforma política: como conseguiriamos aprovar mecanismos de democracia direta sem uma pressão popular sobre os congressistas? Impossível, não?
O mesmo se aplica ao esporte. Como esperar que o Congresso Nacional faça alguma coisa se os clubes são os primeiros a se calar para todos os desmandos do futebol? A Constituição Brasileira, no artigo 217, enfatiza o caráter descentralizador da organização do desporto brasileiro! Isso não significa que o Estado e seus poderes devam ficar passivos diante de atos de corrupção, mas daí a esperar que a iniciativa seja do Poder Público é, além de ingenuidade, uma demonstração cabal da falta de visão políitica-administrativa dos clubes brasileiros. Não adianta esperar do Poder Público o agente de mudanças, se a sociedade (os agentes) não tem (ou não querem usar) os mecanismos para a implementação dessas mudanças.
SInceramente, acho que a primeira coisa a ser feita é parar de achar que o problema está na CBF e nas Federações! O problema está nos clubes, pois, a priori, eles seriam os agentes de mudança... E a mudança não ocorre por eles serem minoritários nas instâncias de poder das entidades (como algumas vezes nos tentam mostrar a imprensa esportiva no país), mas porque os clubes não tem visão global sobre o futebol brasileiro. Basta fazer uma pergunta: Quantos clubes brasileiros conhecem o que é uma liga esportiva? Geralmente eles falam em liga... mas quantos sabem das responsabilidades dos clubes ao se ter uma liga?
Mas, sigamos na torcida!
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