O presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, pareceu não se abalar com a suspensão de 270 dias que levou em julgamento nesta terça-feira no STJD, por declarações contra o árbitro Carlos Eugênio Simon, depois da partida entre Fluminense e Palmeiras, em que um gol de Obina foi anulado. Ele também foi julgado por levantar suspeitas sobre o julgamento do atacante Vagner Love no STJD. O mandatário disse que já esperava o resultado e voltou à carga contra Simon.
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"Estou aceitando o resultado como uma coisa já esperada. De certa forma me honra esta punição. Mas na verdade eu não me conformo com a decisão do juiz Simon. Acho que posso ir no estádio. Eu tenho uma velha historia de perseguições, tive que sair na época da ditadura. Não me afeta nem um pouco. Disse o que tinha que dizer, mas a anulação do gol foi uma indignidade", afirmou à Rádio Globo.
Belluzzo reiterou suas críticas e afirmou que não "arredo o pé de nada o que disse em relação ao comportamento do árbitro". "No mundo do futebol, você tem que se portar como uma pessoa cordial. Quem protesta com uma certa veemência e com clareza não é bem visto. Fiz algumas observações sobre como é o mundo do futebol e algumas pessoas ficam incomodadas, essa é uma das razões de eu ter sido punido", criticou.
O presidente admitiu que o Palmeiras também se beneficiou de erros da arbitragem ao longo da competição. Porém, isso não diminui a indignação do economista. Segundo ele, o suposto erro causou "prejuízos graves" ao Palmeiras.
"Nem fiz conta de quantas vezes o Palmeiras foi beneficiado. Mas estou discutindo este lance. Esta decisão não tinha nenhuma base, não tinha nenhuma dúvida. Ele (Simon) ia se dando conta das acusações e foi mudando as explicações dele. Eu fiquei muito aborrecido com essa reiteração dele. Vou recorrer e vamos ver o que vai acontecer", avisou.
Belluzzzo refutou também as acusações de que ele teria incitado a violência por causa de suas declarações contra o árbitro gaúcho. "Uma parte da imprensa está inventando isso, não sou de juntar bando para bater em ninguém, não faço isso, não sou valentão. Eu disse realmente coisas duras contra o juiz, mas disse outras coisas também, como o problema de falsificação de resultados", disse.
O dirigente espera que a polêmica envolvendo seu nome não prejudique o desempenho do time na reta final do Campeonato Brasileiro em busca do título. "Não quero transferir isso para o time, que precisa de tranquilidade para jogar. Quero que os jogadores nem pensem que o presidente está suspenso e também isso não faz diferença nenhuma para eles", afirmou.
O presidente não poderá se envolver em nenhum ato que tenha relação com o futebol. A administração do clube ficará a cargo do primeiro vice-presidente do Palmeiras, Salvador Hugo Palaia.
"Belluzzo continua presidente, mas há uma limitação em suas atribuições em relação ao futebol. Em relação aos atos da presidência relacionados ao futebol, outras modalidades não", explicou José Mauro Couto Filho, advogado do clube, à ESPN.
O Palmeiras irá recorrer da decisão do STJD. Segundo o advogado, houve excesso na punição e cabe recurso. A pena pode ser mantida ou reduzida, jamais aumentada.
Redação Terra
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