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Maurício Fernando Stéfani
em 19 de Novembro de 2009 às 19:40.
São Paulo (SP)
Um dia após o anúncio da suspensão de três jogos imposta a Borges, Dagoberto e Jean, o São Paulo deve conseguir um efeito suspensivo para liberar os três atletas para enfrentar o Botafogo no próximo domingo, no Rio de Janeiro, pelo Campeonato Brasileiro.
A liberação ainda não foi oficializada pelo tribunal, pois a secretaria aguarda despacho sobre o caso. Durante a tarde, o auditor Francisco Müssnich ficou responsável por analisar os efeitos suspensivos dos são-paulinos, mas ainda não chegou a uma definição sobre a situação de Borges, Dagoberto e Jean. Dessa forma, a liberação dos tricolores para a partida contra o Botafogo segue indefinida.
No começo da tarde, o site Justiça Desportiva, que acompanha os julgamentos no Rio de Janeiro, divulgou a informação de que o efeito suspensivo já havia sido concedido. Porém, a secretaria do STJD teria cometido um equívoco, pois os documentos ainda não estavam liberados.
De acordo com o auditor, o trio será julgado na próxima quinta-feira. Caso seja mantida a punição, Borges, Dagoberto e Jean não poderão atuar nas últimas duas rodadas do Campeonato Brasileiro, contra Goiás e Sport.
Para obter o efeito suspensivo, os advogados do São Paulo alegaram que foram cometidos vários equívocos durante o julgamento, como não levar em conta os atenuantes (serviços prestados à seleção brasileira e a primariedade).
Além disso, o São Paulo afirmou que a pena de Dagoberto foi agravada porque os auditores consideraram que o jogador debochou do árbitro, sorrindo após sua expulsão contra o Grêmio.
Para o departamento jurídico do São Paulo, o sorriso de Dagoberto após a expulsão representava apenas sua incredulidade com o cartão vermelho.
http://www.gazetaesportiva.net/nota/2009/11/19/610319.html
Por
Roberto J. Pugliese Jr.
em 20 de Novembro de 2009 às 01:14.
Rio de Janeiro, RJ, 19 (AFI) - O imbróglio envolvendo o pedido de efeito suspensivo dos jogadores Borges, Dagoberto e Jean, do São Paulo, finalmente teve um desdobramento, na noite desta quinta-feira. E para desespero do Tricolor os três estão fora do jogo contra o Botafogo, neste domingo, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro. |
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Pouco mais de três horas após cometer o equívoco de anunciar a liberação dos atletas, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) voltou atrás e baseou-se no artigo 53 § 4º da Lei Pelé para tomar sua decisão. Neste caso, o efeito suspensivo passa a valer apenas a partir dos segundo jogo de suspensão. Como os três já cumpriram a suspensão automática na vitória sobre o Vitória (2 x 0), sábado passado, voltariam somente na terceira partida da suspensão, contra o Goiás, no dia 29 de novembro. O problema é que o efeito suspensivo poderá perder sua validade, uma vez que o recurso do São Paulo será julgado na quinta-feira, dia 26, ou seja, antes da partida contra o Goiás. A decisão final será a do resultado do recurso. O episódio gerou confusão nesta quinta-feira porque a secretaria do STJD divulgou no meio da tarde que o São Paulo havia conseguido o efeito suspensivo, que valeria para os três jogos restantes da competição. Porém, o tribunal se manifestou em seguida e negou a decisão. A definição só aconteceu horas depois, quando Müssnich formalizou o despacho parcialmente favorável ao time do Morumbi. Entenda o caso Na tarde desta quinta-feira, o STJD cometeu um equívoco ao divulgar que havia concedido efeito suspensivo para Borges, Jean e Dagoberto, que foram suspensos pelo Tribunal por três jogos. Na realidade, a decisão do auditor Francisco Müssnich ainda não foi tomada, porque o despacho não havia sido realizado. O atacante Borges foi expulso após desferir uma cotovelada no volante Túlio. O jogador foi denunciado no artigo 253 (agressão física) e poderia levar um gancho de 120 a 540 dias, mas foi desclassificado para o artigo 255 ( jogada violenta). Dagoberto recebeu o cartão vermelho após atingir um adversário com um carrinho. O atacante foi denunciado no artigo 254 (jogada violenta), que prevê suspensão de duas a seis partidas. Jean, por sua vez, foi expulso já nos acréscimos, e foi julgado com base no artigo 250 (ato desleal ou inconveniente), cuja pena é de um a três jogos. Líder do Brasileirão com 62 pontos, o São Paulo volta a campo neste domingo, qundo enfrenta o Botafogo, no Rio de Janeiro. A escolha de Müssnich para a definição do caso foi justificada pelo presidente em exercício do STJD, Virgílio Val. Em entrevista por telefone à Agência Estado, Val explicou que isso se deu pela hierarquia da composição do tribunal. O presidente Rubens Approbato está afastado, recuperando-se de acidente automobilístico. "Eu passei por cirurgia bucal hoje (nesta quinta) e estou impossibilitado", disse. Acrescentou que o terceiro seria José Mauro Couto, que estava impedido de cumprir a função por ter um filho que trabalha no Departamento Jurídico do Botafogo. "Então, determinei que fosse Müssnich, o quarto dessa escala". Falando com dificuldade ao telefone, Val minimizou a paixão clubística de Müssnich. "Claro que cada auditor tem clube. Se isso for levado em consideração, o tribunal não existe mais", comentou. "Torço pelo Fluminense e já votei a favor e contra meu clube várias vezes. O auditor tem de ser isento", completou. |
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