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Cabo Verde: Investigadores querem maior empenho do poder público no apoio à Ciência
2009-11-15
A comunidade de investigadores cabo-verdianos defende um maior empenho do poder público no apoio à Ciência em Cabo Verde, agora que a Cidade da Praia se prepara para receber a sede do Instituto da África Ocidental (IAO).
A conclusão foi retirada do primeiro Encontro Nacional sobre a Investigação e Desenvolvimento (ENID), que decorreu quinta-feira e sábado na capital cabo-verdiana, reunião preparatória para a instalação do IAO, criado recentemente pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Nesse sentido, segundo as conclusões, os 120 especialistas presentes referiram que cabe agora ao Parlamento cabo-verdiano zelar para que haja uma verba destinada ao sector no Orçamento Geral do Estado (OGE) e, também, ratificar a instalação do IAO em Cabo Verde.
O presidente da comissão organizadora do ENID, Corsino Tolentino, antigo director-geral da Fundação Calouste Gulbenkian, lembrou que o IAO é o primeiro organismo sub-regional a basear-se no arquipélago, algo que marca uma nova fase no relacionamento de Cabo Verde com a comunidade científica internacional.
O I ENID terminou com sete recomendações, com destaque para a criação de um instituto para o desenvolvimento científico e tecnológico, que dê especial atenção a vocações precoces dos jovens neste domínio.
A nível do Parlamento, o ENID defende a criação de uma rubrica no Orçamento do Estado destinado à promoção da ciência e tecnologia, que tenha em perspectiva a integração regional.
Ao encerrar o I ENID, Cristina Fontes, ministra da Defesa cabo-verdiana, em representação do primeiro-ministro José Maria Neves, reiterou o empenho do governo para a existência de uma comunidade cientifica, preocupada com o desenvolvimento do país.
Nesse sentido, defendeu uma “nova claridade” em Cabo Verde, neste caso, nos domínios da ciência e da tecnologia, numa alusão aos tempos da Claridade, movimento que revolucionou o pensamento da cabo-verdianidade ainda antes da independência do país, obtida em 1975.
Nos três dias, o ENID contou com a apresentação de dezenas de temas dos mais variadas áreas do conhecimento.
No final do encontro, Corsino Tolentino mostrou-se “satisfeito”, sublinhando que os resultados da iniciativa ultrapassaram “de longe” as expectativas.
“O que agora importa é implementar as conclusões e recomendações do ENID”, frisou.
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=36950&op=all
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