Em Copenhague (Dinamarca) e São Paulo Os dois maiores eventos esportivos do mundo, realizados no mesmo país, com uma lacuna de apenas dois anos, podem comprometer o potencial de captação de patrocinadores? Com a confirmação do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, aliado à realização da Copa do Mundo de 2014, os gestores esportivos brasileiros responsáveis por cada um destes eventos terão de lutar para não perder parceiros para o "concorrente".
DUELO NOS BASTIDORES
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Os gestores esportivos da Copa e dos Jogos terão de lutar para não perder parceiros para o "rival"
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Enquanto o Rio inicia nesta sexta sua busca por patrocinadores, a Copa se orgulha por já ter um
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Como a Copa do Mundo e as Olimpíadas têm seus patrocinadores "fixos", o grande temor do COI está na possível divisão de verba dos patrocinadores locais, que normalmente são empresas do país que abriga o evento em questão.
O assunto foi discutido na apresentação do Rio de Janeiro aos membros do COI nesta sexta-feira em Copenhague.
Para Amir Somoggi, especialista em gestão e marketing do esporte da Crowe Horwath RCS, as empresas brasileiras, principalmente as estatais, podem acabar interessadas em patrocinar os dois eventos esportivos, mesmo que suas estratégias sejam, historicamente, a de focar no futebol ou nos esportes olímpicos. Porém, os altos custos das cotas podem fazer com que os investimentos sejam mais direcionados.
"A Petrobras, por exemplo, se patrocinar a Copa do Mundo, também vai querer as Olimpíadas? Dinheiro ela tem, mas será que irá existir interesse? Teoricamente ela está alinhada com os Jogos Olímpicos [já que também patrocinou o Pan do Rio de Janeiro], mas estamos falando de outros eventos, então pode haver uma canibalização da verba publicitária", advertiu o especialista.
Enquanto o Rio de Janeiro inicia já nesta sexta-feira sua busca pelos patrocinadores para as Olimpíadas, a Copa do Mundo brasileira se orgulha de contar com um apoiador. Em abril deste ano, o Itaú firmou acordo para ser o primeiro parceiro local do evento. Mesmo assim, os organizadores dos Jogos Olímpicos mostram otimismo com o cenário.
"Explicamos para o COI duas coisas. A primeira é que o mercado de publicidade do Brasil é um dos mais competitivos do mundo. Um exemplo é o sistema bancário. Tem um grande banco que é patrocinador da Copa do Mundo. Temos três outros bancos do mesmo porte que podem patrocinar a Olimpíada. Também apresentamos ao COI um relatório com os investimentos que acontecerão nos próximos anos, inclusive no período da Copa do Mundo", afirmou Leonardo Gryner, diretor de comunicação da candidatura Rio-2016.
"A preocupação em relação à Copa do Mundo é com o mercado publicitário. Mostramos os exemplos da Cidade do México, em 1968, Munique, em 1972, e Atlanta, em 1996, de que é viável. E a economia brasileira é ascendente, enquanto as outras são descendentes", completou Ruy Cesar, secretário especial da prefeitura do Rio para a Copa do Mundo e a Olimpíada.
Comentários
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Marcello Von Schneider
em 12 de Outubro de 2009 às 23:30.
Boa noite.
Alguém conhece o pessoal do marketing do Bradesco ou da agência que criou a propaganda parabenizando o Brasil / Rio pela conquista dos jogos de 2016 ?
Na narração o locutor fala: "As olimpíadas são nossas..."
O Georgios deve ter se remoído no sofá...
Abs,
Marcello
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