Cevnautas, a turma da universidade está comemorando:

Magnolia Santos    8 de Agosto de 2012 11:24
A justiça começa a ser feita. Viva os jornalista por formação !

Nota Oficial da Federação Nacional dos Jornalistas/FENAJ:

Senado toma decisão histórica em defesa do Jornalismo
A FENAJ e seus 31 sindicatos filiados vêm a público agradecer aos 60 senadores brasileiros que, no início da noite de hoje, aprovaram em 2º turno a PEC 33/09, que restabelece a exigência do diploma de curso superior em Jornalismo como condição para o exercício profissional. O Senado, absolutamente sintonizado com a opinião pública e com a categoria dos jornalistas, deu um passo fundamental para a correção de uma decisão obscurantista do STF, que eliminou a exigência do diploma para acesso à profissão. Os jornalistas e a sociedade brasileira agradecem este ato em defesa do jornalismo.
 

Comentários

Por Roberto Affonso Pimentel
em 9 de Agosto de 2012 às 08:04.

Para acirrar um pouco mais o tema, recordo que em 1970, a lei determinava que equipes nacionais devessem ter como treinador responsável um indivíduo diplomado em Educação Física. Ao que soube pela imprensa, o nosso ilustre Carlos Alberto Parreira - professor de EF e técnico diplomado pela ENEFD - assumiu este cargo pro forma. Efetivamente, o "coordenador" Zagalo era de fato o treinador. Mais um jeitinho brasileiro para burlar a lei.

Como será então com o jornalismo e todas as outras profissões?

Por Edison Yamazaki
em 9 de Agosto de 2012 às 21:47.

Ter ou não diploma para exercer algumas funções é questionável, mas a princípio está correto. Dizer que fulano, por não ter um diploma, escreve e analisa melhor ou pior do que um diplomado pode ser um grande erro. O mesmo acontece com algumas situaçãoes da Educação Física. Acho que a diferença fundamental está no fato de que uma instrução mal dada pode causar danos fisicos, machucar e até impedir que o indivíduo continue a praticar esportes, o que não ocorre num comentário tosco, numa análise superficial.

Mas é louvável a decisão de exigir o diploma, mesmo que seja para afujenta os penetras agitadores.

Será que o nível técnico melhoraria se todos os treinadores de todos os esportes fossem obrigados a ter um diploma de Educação Física?

Por Roberto Affonso Pimentel
em 10 de Agosto de 2012 às 09:57.

Como a coisa teve início...

Até que se criassem alguns cursos universitários, e isto é recente no país, qualquer indivíduo mesmo com pouca intimidade em qualquer especialidade, era-lhe facultado o exercício profissional na prática. Como ainda é hoje no caso de parteiras, professoras em regiões sem qualquer assistência governamental. Assim, p.ex., nos primórdios da EF as escassas escolas superiores não conseguiam formar alunos que suprissem a demanda por professores. Foi permitido então que alunos da EsEFEx, (Rio) - sargentos - exercessem a atividade nas escolas de forma remunerada. Ainda assim, era demasiadamente escassa a oferta e as escolas se supriam ou se adaptavam à lei, mantendo os horários de aulas, mas com a presença do "profissional" somente uma vez por semana. Quando realizei meu curso na ENEFD (1965-67), as turmas ainda eram demasiadamente escassas e poucos candidatos conseguiam concluir o curso, ou mesmo, não tinham qualquer interesse em aulas escolares. Só a partir da década de 70 a procura aumentou e novas escolas foram criadas. Ainda na década de 60 teve início a discussão sobre a validade e competência dos "sargentos" formados na EsEFEx de continuarem a exercer a profissão. Isto permaneceu durante muito tempo até que se criassem uma organização que zelasse pelos interesses dos "profissionais" da EF, denominados anteriormente professores de Educação Física.

De forma idêntica, outras profissões que o mercado foi exigindo procuraram se organizar, ou em sindicatos, associações, cooperativas, e exigindo do governo que lhes garantissem os direitos, pois se dedicaram aos estudos universitários em prol de melhores serviços à população. Para contornar certos obstáculos, os políticios construíram leis que agradassem a gregos e troianos, i.e., aqueles que já exerciam a profissão há algum tempo seriam provisionados e garantiriam a sua continuidade.  

A questão atual - jornalistas - já foi precedida de muitas discussões e sofreu idêntico tratamento pelos legisladores, como podem perceber através dos comentaristas de futebol ainda em exercício nas rádios e TVs. Nunca imaginei que viesse à tona uma vez mais. Com certeza também os indivíduos de plantão no STF têm memória curta.

Quanto à competência de uns ou de outros, creio que cabe ao público repudiar ou não aquilo que é ventilado na imprensa. Como há consumidores para tudo, certamente haverá muito besteirol durante muito tempo. Afinal, a imprensa deve ser livre, destituída de censura. Assim, diplomados ou não, o próprio meio se encarregará de separar o joio do trigo.  

Por Tatiana Zuardi Ushinohama
em 10 de Agosto de 2012 às 14:22.

Isso é um lobby da associação dos jornalista, unica habilitação em comunicação social que possui uma organização de classe. Os jornalista, como comunicologos, estão perdendo cada vez mais espaço no mercado para as outras habilitações. E por isso, colocam comentários e visões apavorando a sociedade de forma a comprovar os seus argumentos. Afinal, eles acham-se os unicos detentores do poder da escrita critica e imparcial.

Tadinhos!!

Por Rebeca de Carvalho Camargo Rigon
em 23 de Outubro de 2012 às 02:06.

Eu acho que esse ato de defesa ao jornalismo já devia ter acontecido a muito tempo.
Ter a liberdade de formar opiniões e etc., em face de constitucionalidade democrática é extremamente diferente de escrever matérias e fazer comentários de forma lógica que para mim só se aprende nas universidades.
O diploma deve garantir a capacidade de formar opiniões lógicas e seguindo regras do mercado e não abrir e fechar simplesmente a boca como fazem todas as pessoas. Ser jornalista é aprender regras e não simplesmente participar em conversa ou tecer opiniões.
Uma coisa é ter bons conhecimentos jurídicos para ser um ministro e outra atingir o limite para advogar, que só o diploma e a OAB pode lhe garantir isso. Talvez tenha sido por conta disso que a maioria não enxergou a necessidade de diploma.


Para comentar, é necessário ser cadastrado no CEV fazer parte dessa comunidade.