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agosto 10, 2009 Repórteres são proibidos de usar o twitter na cobertura esportiva Tags:, , , , - fabiokadow às 5:44 pm

O que seria um respiro para a chata e ultrapassada mídia esportiva pode estar chegando ao fim. Na contramão de todo o mundo, alguns veículos da mídia esportiva estão proibindo seus repórteres de passarem informações para seus leitores pelo twitter. Na ESPN dos EUA, a proibição é total, inclusive para todos os tipos de mídias digitais, a não ser que a “informação seja relevante para a ESPN”, segundo o comunicado que os funcionários receberam (leia a íntegra aqui).

Por aqui, pelo menos um grande jornal paulista já fez o mesmo, apesar de ainda não se pronunciar oficialmente para o seu público (informação confirmada pelo blog). Os veículos são os donos das opiniões e pensamentos dos seus funcionários? Você acha essa medida inteligente e eficaz?

Durante os protestos no Irã, quando o governo local censurou a cobertura dos fatos, o mundo elegeu o twitter como a nova ferramenta de comunicação do mundo moderno. Graças ao site, milhões de pessoas puderam ter acesso a informações postadas pelos ativistas e até os grandes veículos beberam dessa fonte, publicando os vídeos e fotos do confronto.

No mundo esportivo, não é diferente. No mundo todo os grandes atletas, como Lance Armstrong, Shaq O’Neal, Bob Burnquist, Kelly Slater, Serena Williams, entre tantos outros, estão presentes e atuantes no twitter (clique aqui e conheça os endereços de 810 famosos atletas).

No Brasil, o presidente do Palmeiras Belluzzo avisou sobre a contratação do técnico Muricy pelo site. Alexandre Kalil, do Atlético MG, é outro que informa seus torcedores sobre diversos assuntos do clube no twitter. O técnico Mano Menezes tem quase 700 mil seguidores. Luxemburgo também já aderiu. Os atletas  e clubes ainda estão tímidos.

Mas, para a alegria dos torcedores em geral, diversos repórteres e comentaristas esportivos do mundo todo escolheram o twitter para contar um pouco dos bastidores que você não encontra nas matérias. Opiniões e detalhes que não cabem (ou não combinam) com os textos dos veículos em que trabalham. Muitos “tuitam” durante as partidas, seja assistindo o jogo no estádio ou em casa, treinos, ou comentam sobre fatos e notícias que acabam de ocorrer.

Será que se o leitor não tiver mais essa informação no twitter significa que a audiência do veículo onde o repórter trabalha vai aumentar? Ou, ao contrário, o público vai procurar alternativas e assim, de maneira definitiva, abandonar o canal? Uma medida arcaica, que combina com o jornalismo esportivo ainda praticado no Brasil por grande parte da imprensa dita especializada.

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