Prezado Adriano e demais listeiros;

Inicialmente, gostaria de parabenizá-lo pela criação desta comunidade.

Gostaria de fazer algumas observações para a análise de todos; sendo:

Noto que os temas propostos não teem sido respondidos. Porque?

Ao que noto, percebo que os "temas" são lançados aqui com uma característica típica de notícia e não de debate; assim sendo, embora as pessoas leiam recebem tal mensagem como se fosse uma notícia, uma informação, e simplesmente as guardam, as consomem no mesmo momento que receberam e nada mais.

Entendo, é apenas uma sugestão, um modo de ver que não sei se esta correto, que tais "temas" deveriam ser propostos de outra forma, que ensejasse mais a participação de todos e ao debate. Como fazer não sei, a proposta é que pensemos neste formato.

O tema ONGs e Esporte é fascinante e acho que do gosto de muitos, assim sendo o que sugiro é que outros listeiros também proponham temas discutíveis para que déssemos início aos debates e aproveitássemos melhor esta comunidade. 

Adriano, entenda, não é crítica é apenas uma sugestão de quem gosta do tema e deseja aproveitá-lo melhor; posso até estar errado.

Grande abraço em todos

Comentários

Por Adriano Pires de Campos
em 25 de Outubro de 2009 às 10:51.

Caro Luiz,

Obrigado por suas sugestões, são mais do que oportunas para o melhor andamento dessa comunidade. E não se preocupe em usar a palavra "crítica", isso é o que um moderador mais espera num ambiente de discussões como esse.

Os poucos temas que lancei na cev ong foram, realmente, em forma de notícias. Essa mesma fórmula é usada em outras comunidades do CEV e, muitas vezes, é suficiente para provocar acalorados debates. No entanto, cada comunidade responde de forma diferente e é sempre um desafio encontrar o melhor caminho para incentivar cada uma delas.

Ficaria grato se você me ajudasse na tarefa de propor temas sobre esse campo imenso que é o terceiro setor. Sinta-se como também fosse o moderador da lista, pois aqui não há qualquer hierarquia. Caso tenha interesse, podemos compartilhar a moderação da lista, o que seria bem interessante para movimentar nosso espaço virtual. Desde já, fica o convite.

Abraços e obrigado pela colaboração,

Adriano

Por Luiz Claudio Biato Portugal
em 27 de Outubro de 2009 às 18:38.

Prezado Adriano;

Desculpe a demora da resposta, é que não entro todos os dias.

De certo que naquilo que puder ajudar colaborarei, resido no RJ capital.

No que tange a proposição de temas, tenho alguns questionamentos que gostaria, se possível, que o amigo esclarecesse; sendo:

- Como pode uma ONG ajudar uma entidade esportiva digamos abandonada?

- Quais os tipos de parcerias mais comuns entre ambas?

- Quais os limites de atuação de uma ONG na esfera esportiva?

- Poderia dar exemplos de parcerias vitoriosas?

Grande abraço

Por Adriano Pires de Campos
em 30 de Outubro de 2009 às 20:01.

Luiz,

Suas questões são muito boas e podem gerar vários debates, mas acho que vou precisar de mais detalhes para responder exatamente aquilo que você precisa. Deixarei um breve comentário sobre cada pergunta que me fez, para que possamos continuar esse debate e esclarecer essas e outras dúvidas. Vamos lá:

- Como pode uma ONG ajudar uma entidade esportiva abandonada? Resposta: Uma entidade "abandonada" pode ser um série de coisas, desde uma organização cuja diretoria não exerce mais seu papel, passando pela perda de voluntários, documentos legais em atraso (imposto de renda ou declaração de inatividade, por exemplo), falta de bons projetos, ou tudo isso junto. Creio que o primeiro passo seja contatar as pessoas que lideravam a entidade antes do abandono, pois você poderá conseguir uma cópia do estatuto, a data da última eleição de diretores e conselheiros, informações sobre projetos desenvolvidos, o público atingido nas últimas ações, a lista de doadores da entidade (pessoas físicas e empresas), dentre outros. Sem esse diagnóstico, fica difícil saber porque a entidade foi abandonada e se vale a pena mesmo resgatá-la.

- Quais os tipos mais comuns de parcerias entre ambas? Resposta: uma entidade pode estabelecer parcerias com outras entidades do terceiro setor, com empresas e com o poder público. Entre ONGs, as parcerias são feitas quase em burocracia, basta redigir um documento que registre quais recursos (humanos, tecnológicos, projetos) serão trocados e tocar em frente. Para realizar parcerias com empresas ou com o poder público, a ONG deve estar com todas suas obrigações em dia, principalmente as contábeis. Já vi algumas entidades perderem a oportunidade de receber algum recurso porque, justamente na hora em que conseguiam alguma doação, é que percebiam estavam com a ata da úlitima eleição sem registro em cartório, com a contabilidade mal feita ou não feita, etc. Parceria é uma grande estratégia de desenvolvimento, basta que uma entidade não traga problemas para a outra.

- Quais os limites de atuação de uma ONG na esfera esportiva? Resposta: os limites de atuação de uma ONG são definidos em estatuto, no parágrafo que tratar dos objetivos. Você pode ter uma ONG que atua na área esportiva, mas que também atua na área ambiental, criando, por exemplo, eventos esportivos para arrecadar fundos para preservação do meio ambiente. Lógico que ter um foco bem definido ajuda, mas quem decide isso são os associados. Em resumo, o limite é o céu.

- Poderia dar exemplos de parcerias vitoriosas? Resposta: há inúmeros exemplos de parcerias vitoriosas, principalmente entre entidades de renome, como Instituto Ayrton Senna (http://senna.globo.com/institutoayrtonsenna/br/default.asp), Instituto Esporte Educação (www.esporteeducacao.org.br), Fundação Gol de Letra (http://www.goldeletra.org.br/), Instituto Reação (http://www.institutoreacao.org.br/reacaobr.html)

Mas não é preciso ser uma grande organização para realizar parcerias de sucesso. Eu mesmo já coordenei uma ONG que estimulava outras ONGs a realizar parcerias entre si, criando uma espécie de "mercado social", onde a entidade que tinha mais voluntários cedia parte dessa força para outra; entidades que possuíam computadores emprestavam alguns deles para outras, e por aí vai. Independente do porte da ONG, o que vale é a criatividade e a capacidade de seus líderes de formar redes de colaboração.

Espero ter esclarecido alguns pontos, caro Luiz e listeiros. Críticas, dúvidas ou sugestões são bem vindas.

Abraços a todos,

Por Roberto Aparecido Paz
em 31 de Outubro de 2009 às 11:04.

....olá galera ... me deem algumas dicas de como montar uma ong , para trabalhar com crianças em situações de risco e trazer para os esportes....sou leigo nessa área de ong.......

grato........

Por Adriano Pires de Campos
em 3 de Novembro de 2009 às 18:14.

Olá, Roberto

Antes de pensar em montar uma ONG, procure aquelas que já existem em sua cidade, tenho certeza que achará algumas organizações que trabalham com crianças em situação de risco. Atualmente, o lema no terceiro setor é "fortaleça o que já existe", ou seja, dê apoio para entidades que já iniciaram algum trabalho na área em que você pretende atuar. Você terá a chance de aprender muito durante um trabalho voluntário bem estruturado, o que poderá lhe ser útil para dimensionar seu próprio projeto.

Criar uma ONG é tarefa relativamente simples e há muitos grupos surgindo todos os dias. No entanto, a rotina administrativa e a disputa por recursos exigem bastante dedicação e, muitas vezes, as pessoas que idealizaram o projeto se deparam com questões com as quais não esperava lidar. Não quero lhe desestimular com essa opinião, estou apenas lhe dando um referencial de quem já trabalhou muito em ONGs.

Há vários sites que mostram como criar uma ONG, como, por exemplo: http://poupaclique.ig.com.br/materias/166501-167000/166697/166697_1.html, http://www.filantropia.org/comocriar_ong.htm, http://www.abong.org.br/ (clicar em "Perguntas mais frequentes).

Abraços e boa sorte,

Por Roberto Aparecido Paz
em 3 de Novembro de 2009 às 19:14.

...Sr.Adriano ,

agradeço pela dica , vou me aprofundar mais na questão administrativa.

quanto as ongs existentes na minha cidade ,ainda há alguma restrição contra  arte marcial,acreditam que se tratam de meninos violentos e que iremos ensinar algo que possa ser usado como arma , portanto vou continuar mais um tempo do meu jeito mesmo, convidando o comissário de menor a  levar o menino "rebelde" e acompanhá-lo durante o treino.

Agora, "um cá entre ’nóis", se, recuperar a disciplina do menino, a auto estima , a coragem de viver, sonhar e lutar por estes sonhos  e tudo aquilo que dignifica o homem , fosse uma semente de mostarda , a dificuldade de encontrar ajuda seria uma baita de uma jaca.

Se o senhor souber como ou onde posso conseguir uma ajuda para cobrir um galpão de 200m2 , que desabou o telhado velho há 2 anos onde tínhamos um tatame,130 crianças entre 7 e 14 anos agradecerá.

Já ganhei o projeto civil de um amigo engº. , um dvd e um bezerro para rifar....só não sei se esse é o caminho mas "tô" indo.

abraços.

Por Adriano Pires de Campos
em 4 de Novembro de 2009 às 15:29.

Roberto,

Você tem respostas bem claras para a estruturação de seu trabalho. Se já fez contato com ongs locais e não conseguiu apoio, parece que a melhor saída é criar seu próprio projeto. Aquela dica da parceria parece que não servirá mesmo nesse caso. Encontrar apoio é uma tarefa que exige muita, muita, muita persistência. Mas continue persistindo, conheço ótimos projetos que frutificaram após muita insistência de seus líderes.

Para cobrir o galpão que você menciona, sugiro que elabore um pequeno projeto que possa ser encaminhado a empresários. Nesse projeto, devem constar ao menos os seguintes ítens:

1) Dados da organização (nome, endereço, email, telefone), 2) História da organização, 3) Objetivos, 4) Justificativa, 5) Impactos esperados, 6) Orçamento.

Informações mais detalhadas você pode encontrar em: http://www.bu.ufsc.br/cac/projetos.html

Qualquer outra dúvida, é só falar.

Abraços,

Por Fabio Liodi Matsunaga
em 23 de Outubro de 2010 às 19:04.

Caro Adriano,

sou professor de ed. fisica em uma fundacao que trabalha com menores em cumprimento de medidas socioeducativas, e mesmo sendo uma entidade publica, nao temos sempre recursos e materias de qualidades para desenvolvermos as atividades que propomos. Assim, gostaria de saber se há possibilidades de pessoas fisicas (professores) se tornarem parceiras de ongs e através delas conseguir recursos, doacoes de materiais em troca de beneficios fiscais?

Por Juliana Alves
em 22 de Dezembro de 2010 às 12:43.

Adriano,td bem?

Gostaria de uma indicação de uma Ong com estatuto de esporte.Tenho um projeto lindo para prefeitura no clube escola de ciclismo só falta a ong .Obrigada Juliana Alves

Por Lucas Foster
em 11 de Janeiro de 2011 às 11:43.

Oi Juliana,

td bom?

O projeto foi elaborado para a cidade de São Paulo? Conheço algumas ONGs que poderiam colaborar com o seu projeto.

Att.

Lucas

Por Omir Jorge Muniz
em 24 de Julho de 2011 às 17:23.

AS ONGs A MEU VER, SÃO IMPORTANTES NO PAPEL COMO PARTE DA SOCIEDADE CIVIL, NÃO SÓ PARA CAPTAR RECURSOS E PARTICIPAR DOS MEGAEVENTOS. MAS, TAMBÉM COMO ÓRGÃOS FISCALIZADORES DESSES RECURSOS, POIS, É MUITO COMUM OUTROS FAVORECEREM ORGANIZAÇÕES A FIM DE DESVIAR ESSES MESMOS RECURSOS.

CONSIDERO AS ONGs IMPORTANTÍSSIMAS PARA AUXILIAR MELHOR O DESENVOLVIMENTO DO ESPORTE DENTRO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS, POIS, ELAS ATUAM ONDE O GOVERNO "ESQUECE". POR ISSO SOU A FAVOR DO QUE O ADRIANO PIRES DISSE "FORTALEÇA O QUE JÁ EXISTE", POR QUE TEM MUITA ONG SÉRIA QUE PODE FACILITAR O DESENVOLVIMENTO DE ALGUM PROJETO QUE NECESSITE DE APOIO.

MAS A GRANDE MAIORIA TENTA FAZER SOZINHO, ONDE ÀS VEZES PODE DAR ERRADO.

SUCESSO A TODOS.

Por Guilherme Palermo dos Santos
em 19 de Março de 2013 às 11:55.

Bom Dia a todos!

 

Estou fazendo um trabalho de conclusão de curso cujo o tema é: "O desenvolvimento social através do Esporte pelas ONGs". 

Onde poderia encontrar materias relevantes sobre Terceiro Setor/ONGs para utilizar no meu trabalho.

Caso alguém tenha alguma sugestão ou dica sobre o tema, ficaria muito grato!

Desde já, muito Obrigado!

Por Luis Fernando de Freitas Barros Munguba
em 27 de Outubro de 2013 às 22:48.

Livro: Algo para além de tirar as crianças da rua. Ed Phorte


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