Prezados listeiros,
A informação é de outubro do ano passado, mas acredito que podemos iniciar o ano com uma boa discussão sobre o assunto.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101024/not_imp628991,0.php
O Instituto Passe de Mágica (Organização Não-Governamental fundada pela ex-atleta Maria Paula Gonçalves, a Magic Paula) será responsável pelo gerenciamento de um programa muito interessantes para o desenvolvimento de cinco modalidades esportivas com escopo em projetos de alto rendimento com financiamento da Petrobrás através da Lei de Incentivo ao Esporte.
Além dos programa de alto rendimento, administrado pela ONG Instituto Passe de Mágica, a Petrobrás também investirá recursos através da Lei de Incentivo ao Esporte em um programas de escopo educacional através da ONG Instituto Esporte e Educação.
Não há dúvidas quanto a seriedade e o compromisso das duas organizações e da seriedade das duas ex-atletas do desenvolvimento do esporte de alto rendimento e educacional no País. No entanto, como promover o desenvolvimento de novas Organizações Não-Governamentais e como estimular mais empresas a seguirem o mesmo caminho apoiando o trabalho de ONG’s sérias e competentes?
Lucas Foster
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Segue matéria abaixo:
Estadao.com.br (24/10/2010)
Amanda Romanelli e Antero Greco - O Estado de S.Paulo
Paula, a Magic Paula, atormentou rivais com pontaria certeira nas quase três décadas em que esbanjou arte nas quadras de basquete. A gestora esportiva Maria Paula Gonçalves da Silva pretende continuar com a mira afiada, agora na administração de recursos para a preparação de uma centena de atletas com potencial de bons resultados na Olimpíada de 2016. Na segunda-feira, tornou-se oficial a tarefa que lhe havia sido dada já no fim do ano passado: coordenar um projeto milionário de patrocínio da Petrobrás, via Lei de Incentivo ao Esporte.
A estatal escolheu cinco confederações - remo, tae kwon do, esgrima, levantamento de peso e boxe - para receber recursos que lhes permitam olhar com ousadia para a competição de que o Brasil será anfitrião. E entregou à Passe de Mágica, empresa de Paula, a missão de atuar como elo entre as pontas. A ex-jogadora fez um levantamento das carências e objetivos desse grupo de confederações nanicas, em geral esquecidas dos grandes investidores, e preparou um plano de ação.
"Pedi que fizessem projeções razoáveis, com resultados possíveis", conta Paula, que viu as reivindicações atendidas. Cuidadosa nas explicações, reconhece o peso da responsabilidade de gerir os cerca de R$ 100 milhões reservados até o fim de 2014, com provável renovação. Admite que se trata de experiência inovadora, mas não fala em revolução esportiva. "Não é um programa de fomento, de descoberta de talentos, mas de aposta em atletas que possam competir em alto nível."
A experiência no Ministério do Esporte e no Centro Olímpico da Prefeitura de São Paulo afinou-lhe o tato político. Com delicadeza, esquivou-se de enxergar, na forma como o processo de patrocínio foi conduzido, uma estocada no poder de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro. A entidade costuma absorver a maior parte dos recursos financeiros para depois repassá-los para as confederações. "Não sei, pergunte pra ele", desconversa, polida, cortês.
A executiva de esportes deu espaço para a ex-atleta, na conversa de uma hora e meia com o Estado, quando voltou ao passado e lembrou dos tempos em que calçava tênis All Star mostarda e o basquete feminino levava grande público aos ginásios. "Minha mãe organizava caravanas de até 40 ônibus, que vinham de Piracicaba para o Ibirapuera." Paula jogava na Unimep e a sua modalidade caminhava rumo ao título mundial, que veio em 1994.
Comentários
Por
Adriano Pires de Campos
em 12 de Janeiro de 2011 às 20:38.
Lucas e demais colegas,
Sua pergunta dá assunto para um congresso inteiro: como promover o desenvolvimento de novas ONGs e como estimular mais empresas a apoiar o trabalho de ONG’s sérias e competentes? Tenho duas respostas para começar a conversa:
1) Liderança é crucial: trabalho no Instituto Esporte e Educação e posso lhe dizer que foram necessários 10 anos para o Instituto adquirir "know how" e competência para desenvolver os atuais projetos. Mas nada disso teria acontecido se Ana Moser não atuasse diretamente e diariamente na captação de recursos e gestão da organização. Creio ser a mesma liderança que a Paula exerce junto ao Passe de Mágica. Já vi ONGs destacarem-se de forma intensa enquanto sua principal liderança estava atuante, mas quase decadentes quando essa liderança se ausentava por algum motivo.
2) Profissionalização da estrutura: ainda não ouvi falar em ONGs que tenham se desenvolvido sem o apoio de uma estrutura administrativa remunerada, o que implica em contratar bons profissionais para elaboração de projetos, captação de recursos, gestão administrativa, financeira e jurídica. O terceiro setor é um ramo onde os recursos ainda são escassos, por isso bons profissionais fazem toda a diferença na melhoria do processo de .
É isso por enquanto.
Abraços,
Adriano
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