Aos Amigos Panathletas e desportistas em geral sugiro a leitura do texto aqui reproduzido, postado dia 26/2 pelo Membro de Honra do Panathlon International, jornalista e professor Henrique Nicolini, em "A Gazeta Esportiva". Recomendo-lhes também os "posts" dos dias 18/2, "O ONTEM AVALIANDO O HOJE", e 14/2, "DE CLUBE A TIME".  http://www.gazetaesportiva.net/blogs/henriquenicolini/    Despacho pouco feliz!

Henrique Nicolini

 

O judiciário brasileiro conquistou uma excelente imagem junto à população consciente de nosso país, principalmente após a pendência do “Mensalão”, amplamente divulgada pelos veículos de comunicação.

Em caso ocorrido recentemente, também com grande repercussão no âmbito do futebol, o índice de aprovação daquele poder da República não foi o mesmo. A decisão de um juiz que concedeu liminar a quatro torcedores do Corinthians para assistir ao jogo do seu clube contra o Milionários, da Bolívia, não condiz, na minha opinião, com o prestígio que a magistratura havia obtido após a decisão do STF.

O clube do Parque São Jorge fora punido pela Conmebol com a pena de jogar sem apoio dos seus torcedores naquela importante pelega classificatória da Copa Libertadores da América. Foi uma rigorosa medida punitiva, com a qual concordou a opinião pública e muitos torcedores do próprio Corinthians. A morte de um jovem boliviano, provocada por um sinalizador lançado de má fé por um membro de um grupo de torcedores, é um crime que deve ser punido de maneira coletiva.

É mais que conhecida a agressividade das torcidas uniformizadas de todos os clubes em diversos países do mundo, entre as quais destaca-se a corinthiana.

Como sucede no ambiente político, nenhum órgão brasileiro teve até hoje coragem de enfrentar de forma tão radical a ilicitude de um destes grupos, demonstrando que a impunidade é escudo para os crimes que se verificam nos estádios ou ao redor deles, e mesmo em todo o país.

Um juiz de direito, ao aprovar a exceção da punição a quatro torcedores, estava votando contra um ato efetivo para conter a voracidade agressiva e criminosa de algumas turbas que transformam os estádios em local perigoso.

Este assunto é muito polêmico, mas o autor destas linhas, com seis décadas de militância na crônica esportiva, afeiçoado ao Esporte com E maiúsculo, que tem o Fair Play em sua essência, não poderia deixar de se manifestar contra um despacho que não ajuda a disciplina, a ética e a propagação de um esporte decente.

 

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