Neste 19 de abril, tenho a satisfação de reproduzir, para conhecimento da Comunidade, o Ofício do Professor Wiliam Saad Abdulnur, Presidente do Distrito Brasil do Panathlon International, remetido ao Governador do Estado do Rio de Janeiro, através de Solange Viveiros, Secretária do Panathlon Club São Paulo, o qual incluiu artigo do Professor Henrique Nicolini, Membro de Honra do Panathlon International e fundador do Panathlon Brasil publicado em seu blog http://www.gazetaesportiva.net/blogs/henriquenicolini/

 

São Paulo, 18 de abril de 2013.                                                                                                                      

DO PRESIDENTE DO DISTRITO BRASIL

AO EXMO. SR. GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

SÉRGIO CABRAL FILHO

RIO DE JANEIRO - RJ

PREZADO GOVERNADOR

O PANATHLON, UMA ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS, SURGIDA  EM 1951, NA CIDADE DE VENEZA, COM SEDE EM RAPALLO, ITALIA, E DIFUNDIDA  EM VÁRIOS CONTINENTES, INTEGRANTE DO  COI,   TEM COMO PRINCIPIOS BÁSICOS  A  DIFUSÃO  DO ESPORTE  ÉTICO, A SOLIDARIEDADE, O FAIR PLAY E PRESERVAÇÃO DA MEMORIA ESPORTIVA.

O DISTRITO BRASIL DO PANATHLON INTERNACIONAL, COM 22 CLUBES, NOS ESTADOS DE MINAS GERAIS, PERNAMBUCO, RIO GRANDE DO SUL E SÃO PAULO, REALIZA ANUALMENTE UMA ASSEMBLEIA NACIONAL, QUE ESTE ANO OCORREU NA CIDADE DE TAUBATÉ, SP, NO PERÍODO DE 04 A 07 DE ABRIL, E NA PAUTA DOS TRABALHOS FOI ABORDADO O TEMA “O LEGADO SOCIO-CULTURAL PARA O BRASIL DOS MEGAEVENTOS PROGRAMADOS PARA ESTA DECADA“.

NAS DISCUSSÕES ACONTECIDAS, FOI LEMBRADO QUE O CRONOGRAMA DE OBRAS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO PREVÊ AS DEMOLIÇÕES  DO PARQUE  AQUÁTICO “ JULIO DELAMARE” , DO VELÓDROMO E DO ESTADIO “CELIO DE BARROS” E DO AUTÓDROMO DE JACAREPAGUÁ,ALGUMAS DESSAS ESTRUTURAS CONSTRUÍDAS RECENTEMENTE PARA OS JOGOS PANAMERICANOS DE 2007.

A PROPÓSITO, NO REFERIDO EVENTO DO MOVIMENTO PANATHLÉTICO, POR UNANIMIDADE ( ATÉ EM RESSONÂNCIA COM GRANDE PARCELA DA OPINIÃO PÚBLICA NACIONAL) DECIDIU-SE  REPUDIAR  TAL  ATITUDE,  POIS ALÉM DOS  ENORMES   GASTOS  ECONÔMICOS-FINANCEIROS, TRARÁ  SENSÍVEIS PREJUIZOS À  PREPARAÇÃO  DOS  ATLETAS, E MESMO À  FORMAÇÃO DE NOVOS JOVENS PARA O DESPORTO E PREJUIZO DA CIDADANIA.

ASSIM, RESOLVEU-SE ENCAMINHAR A V. EXCIA. , UMA MOÇÃO DE REPUDIO CONTRA A DEMOLIÇÃO DESSES EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS, ANEXANDO A ESTA, MANIFESTAÇÃO DO PROFESSOR  E  JORNALISTA  HENRIQUE  NICOLINI, PANATHLETA DE SÃO PAULO, PUBLICADA NO SITE   GAZETA ESPORTIVA  NET, A 03.04.2013, E QUE CORROBORA INTEGRALMENTE A UNANIME OPINIÃO DOS PANATHLETAS.

APELANDO AO  BOM  SENSO  DE  V. EXCIA.

ATENCIOSAMENTE

 

WILIAM SAAD ABDULNUR

PRESIDENTE  

Só falta destruir a Igreja da Candelária e o Cristo Redentor

 Henrique Nicolini

O governo do Estado do Rio de Janeiro comunicou a Coaracy Nunes, presidente da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) que essa entidade deverá parar tudo o que está fazendo e mudar-se imediatamente para outro local, desocupando sua sede instalada nas dependências do Parque Aquático Júlio Delamare, que será derrubado, hecatombe que também pulverizará o Estádio de Atletismo Célio de Barros, que integra o Complexo do Maracanã.

Estas instalações estão ainda em plenas condições de utilização e já foram centros de memoráveis e históricas competições atléticas e aquáticas. Construídas com dinheiro do povo, deveriam estar sendo utilizadas para a prática da natação e o atletismo, pela infância e juventude das regiões carentes e favelas não muito distantes do Maracanã.

Desmanchar-se o que está feito é um crime. Estas praças de esportes são verdadeiros templos que não poderiam ser destruídos justamente por um governo que tem demonstrado interesse na diminuição dos índices de criminalidade que têm aumentado no Rio de Janeiro. Para os esportistas mais conscientes da significação daqueles estádios, a decisão seria comparável ao governo querer demolir a Igreja da Candelária, o Cristo Redentor ou o Teatro Municipal.

O que mais impressiona é que, entre os protagonistas desta decisão esdrúxula, juntamente com o governo estadual, está o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, Carlos Arthur Nuzman (que saudades de José Ferreira Santos e Sylvio de Magalhães Padilha!).

Coaracy, quando recebeu a notícia, até chorou. Entretanto, não é de suas lágrimas que estamos necessitando, mas de uma manifestação veemente de protesto envolvendo os esportistas conscientes do enorme erro que está por acontecer.

Da notícia que recebemos consta um subtítulo que diz que “não há nada a fazer”. Enquanto não entrar o primeiro trator demolidor sempre haverá esperança de reverter a situação.

Não se pode nem acreditar nas promessas de que as instalações atualmente em construção para os mega eventos estarão prontas nas datas da realização. Estão todas com seus cronogramas atrasados.

Diante deste quadro, imaginem quando serão cumpridas as promessas feitas para a reposição dos estádios Célio de Barros e Júlio Delamare? (as almas destes homenageados devem estar agora no Paraíso horrorizadas com o que estão fazendo com as suas memórias).

Mesmo no estado em que estão, os dois estádios condenados à morte também seriam úteis nos Jogos Olímpicos para o treinamento do imenso contingente de mais de 200 países que virão ao Rio participar das modalidades mais concorridas da maior competição poliesportiva do mundo.

 

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