Olá colegas,
Sabemos que nos últimos tempos muitas políticas foram desenvolvidas em pró da educação no Paraná.
Acreditamos que muitas delas avançam na busca de uma escola, e de um Educação Física compromissada com os interesses da classe trabalhadora.
Mas até que ponto de fato avançamos? O que ainda precisa ser feito?
Quem se propõe a arriscar uma breve análise?
Comentários
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Roberto Affonso Pimentel
em 11 de Novembro de 2009 às 17:27.
Professor Luciano,
Sobre a EF e as políticas públicas no Paraná tive uma pequena parcela há algum tempo através do Centro de Excelência Rexona, que se desenvolvia no ginásio do Tarumã, na capital. O Bernardo adquiriu comigo o material de mini voleibol que desenvolvi e adaptou-o às condições daquele ginásio. E, tempos atrás, seus dois principais auxiliares - Ricardo Tabach e Hélio Griner - já me conheciam desde o Fluminense do Rio, e participaram de breve curso comigo.
Por sua forte influência no cenário nacional, por sua capacidade empreendedora (é formado em Administração), o Bernardo imaginou aquele Centro também como forma irradiadora de novos conhecimentos atuando também na formação continuada de professores da região, numa concepção excelente de divulgação de novos saberes. Assim, muitos professores e acadêmicos do estado participaram de cursos e estágios oferecidos pela organização. Lembro-me que também estive por lá para fazer uma palestra, atendendo pedido do próprio. O projeto se desenvolveu por outros municípios, pois passou a contar com o apoio do Governo do Estado. Creio mesmo que sua inauguração deu-se em Palácio, com pequena exibição em uma quadra de mini voleibol ali montada.
Independentemente, tentei algumas vezes contatos com dirigentes de Secretarias de Curitiba (não me lembro se também do Estado) e, como de costume, nada consegui. Atrevo-me a dizer pelo que vi quando visitei e conversei com estagiários que lá trabalhavam, que tenho uma contribuição muito intensa para o desenvolvimento da Educação Física no estado. O direcionamento pedagógico para as finalidades de uma Educação Física saudável requer muito mais atenção e estudos específicos.
Visite o meu blog e compreenderá o que quero dizer: www.robertoapimentel.blogspot.com
Roberto Pimentel.
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Luciano de Lacerda Gurski
em 6 de Janeiro de 2010 às 14:40.
Olá Roberto, tudo bem?
Desculpe a demora em responder, fim de ano um tanto quanto corrido.
Você tocou em um acontecimento em termos de políticas públicas e Educação Física no Paraná bastante marcante e controvérso nos últimos tempos.
Sem dúvida as parcerias com o estado promoveram o volei no Paraná. Conheço pouco dessa história, mas entre aqueles que não vêem com bons olhos aquela iniciativa está a acusação de privatização de um espaço público, da terceirização das obrigações do estado e de recursos públicos sendo utilizados para o benefício de todos.
Isso porque em tese as escolhinhas que faziam parte do programa atendiam a um número muito pequeno de pessoas e que a utilização de um espaço público, o ginásio do Tarumã, fosse controlado e utilizado por um empresa, no caso, o rexona.
Não conheço melhor os termos desse processo, como se deu a parceria, os resultados alcançados, os recursos utilizados, portanto não tenho como me posicionar a priori.
Contudo a discussão que esse tema traz, e que a meu ver é maior, e tende a aumentar com a proximidade da copa e das olimpíadas, é a relação entre esporte e política pública. Na verdade gostaria de polemizar no seguinte sentido: como de fato o esporte atua de forma positiva para a formação e a vida das pessoas? O que justifica tanto invstimento nele, a ponto de superar o invstimento em saúde e em educação, por exemplo?
Será que o que se coloca em jogo são os interesses da população mesmo, ou se utiliza um discurso pŕo-esporte, partindo do entendimento que esse é em si bom, mesmo que não se mostre como, para atingir outros fins? Se é isso, quais são esses fins?
Sei que tem muita gente que acredita no potencial do esporte, e imagino pelo seu texto que você seja uma dessas pessoas. Não há mal nenhum nisso. Contudo, é necessário aprofundar e esmiuçar para que queremos esse esporte. Formar atletas? Para que? Formar cidadãos? De que forma? Promover o esporte? Para quê?
Apenas algumas provocações para acender o debate.
Abraço!
Por
Nei Alberto Salles Filho
em 3 de Abril de 2010 às 21:49.
Luciano, Roberto, olá!
Para retomar o tópico e dizer que as provoações do Luciano são pertinentes. que o Estado do PR fez muitas coisas.... mas... gostaria de dizer;
O governo atual (reeleito) fez uma "limpa" em tudo que houve na administração anterior... 94-02. O problema foi que tudo foi colocado no mesmo "saco", de Banestado às boas propostas, nas quais incluo a do Volei. Se no geral, muitas coisas se justificaram ao longo do últimos anos como acertadas, em muitas tantas perdemos tempo e os atrasos continuam....e eu diria que o esporte é uma delas.
Particularmente, considero o trabalho da SEED/PR como de muita força, disposição e capacidade na atual administração, isso inclui um redimensionamento da Educação Física escolar, com uma clara concepção educacional crítica, que salvo uma certa "mão-de-ferro" às vezes, tem coerência e acertos. Essa EFE realmente é pensada na formação de cidadão, em cultura corporal de movimento que discuta conhecimentos e objetive a utilização na vida e no cotidiano, nos aspectos de lazer e qualidade de vida. DAÍ SIM!!!
Agora, querer estender essa perspectiva para o trabalho com o Esporte, via Paraná esportes.....(q fez meio de campo com programa Segundo Tempo, proposta federal - aliás com belo trabalho do prof. Amauri da UEM) ... bem é forçar um pouco.....
Sugiro, que como vc Luciano, abriu a discussão... coloque algumas dessas "ações" das PPEL no PR, para que possamos continuar.
Abraço
Atenciosamente
Nei
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 4 de Abril de 2010 às 17:39.
Professores Nei e Luciano, perdoem-me o tempo passado para retornar ao assunto. Há algum tempo, ofereci meus serviços à Prefeitura de Curitiba, sem resposta. Não me queixo, dado que me acostumei, pois outras também agiram da mesma forma: Quem é ele? Acha que não podemos realizar aquilo? Todavia, o Bernardo e a Rexona têm um peso marqueteiro e político considerável. O programa de mini vôlei ali instalado e posteriormente estendido para escolas estaduais teve a minha inspiração. Como também o Viva Vôlei da CBV (fui o coordenador técnico). Neste último, "despedi-me" por não concordar com a filosofia: as franquias visam lucro. No caso de Curitiba, imagino que houve mais poder político e uso de imagem do que qualquer outra coisa. Ocorre que em qualquer lugar ainda é assim. E o que devem fazer aqueles que só querem o melhor para as crianças e os novos professores?
Em palestra no ginásio do Tarumã a convite do Bernardo, tive breve contato com alguns professores paranaenses. Chamou-me a atenção um comentário de uma professora que em sua primeira visita, não se cansava de elogiar o que vira. Estava estupefata! E dizia-me que “em 15 anos de profissão, trabalhando nas melhores escolas paranaenses, nunca vira nada igual”. Isto é, não conhecia o mini vôlei. E, imagino, continua a ignorá-lo até hoje. Implantaram uma "coisa" que não sabem como fazê-la crescer e se desenvolver, isto é, não fazem mais do que repetir o que "aprenderam".
Abstenho-me de colocações políticas. Se precisarem de ajuda, vejam se o que venho oferecendo em www.procrie.com.br (ver Sumário dos Testos) poderá auxiliá-los para o futuro. Além disso, atrevo-me a lembrar a obra deixada por Jean Le Boulch (Psicocinética) com variados temas para um feliz gerenciamento público da atividade física da população. Roberto Pimentel.
Por
Luciano de Lacerda Gurski
em 26 de Agosto de 2010 às 08:23.
Olá Nei!
Gostaria muito de poder colocar as ações para o esporte e lazer, porém não conheço muitas, e nem sei mesmo se existem.
Até onde eu sei as principais ações estão ligadas aos jogos estudantis e suas diversas variantes e o viva o verão que ocorre no fim do ano.
Para mim essas ações são poucas e limitadas, não se justificando enquanto políticas de esporte e lazer.
Na verdade penso que a existência de uma autarquia fazendo as vezes de uma secretaria de esporte e lazer é uma aberração...
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