Matéria da gazeta do povo falando sobre os "erros" dos professores que deixam a aula chata.
Seria a miséria do ensino superior?
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-universidade/nocampus/conteudo.phtml?tl=1&id=1408314&tit=Os-sete-pecados-dos-professores-que-deixam-uma-aula-chata
Comentários
Por
Laercio Elias Pereira
em 16 de Setembro de 2013 às 09:34.
Luciano, Cevnautas,
Bom artigo.
Eu gostaria de fazer uma provocação com a entrevista recem publicada na biblioteca do CEV, do criador da Escola da Ponte, José Pacheco, na Revista Fórum.
O artigo para melhorar a aula chata seria melhorar o mais do mesmo? É o professor do século XX tentando melhorar uma atividade (aula) da escola do Século 19 em pleo século 21?
http://cev.org.br/biblioteca/entrevista-com-jose-pacheco-escola-ponte-o-professor-deve-ser-um-mediador-conhecimentos/
Laercio
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 17 de Setembro de 2013 às 09:22.
Luciano,
Com certeza já presenciou aulas de voleibol especialmente entre meninas em alguma escola de sua cidade. Quer coisa mais chata? Certa feita fui convidado a realizar uma dessas aulas em um educandário em Florianópolis, pois a Coordenação não suportava mais o descaso e incompetência de alguns professores. Talvez com um exemplo "diferente" pudessem ser despertadas. E o detalhe maior: indague de qualquer mãe ou avó como eram realizadas essas aulas em seus tempos escolares? É evidente que temos que concordar com o José Pacheco. Contudo, se queremos mudar, creio que devamos remover o mal na raiz, pois já se perpetua há anos.
No meu entender os grandes vilões dessa história reside na Metodologia e Pedagogia. Quem ensina um futuro professor a ministrar aulas? Como são formados os nossos pedagogos? As universidades (creio) devem ter ainda um semestre de aulas de pedagogia em sua grade curricular, sim? E que valor lhe é conferido pelas partes?
Exemplificando com o voleibol. O professor titular ministra por determinado período "tudo" sobre o ensino do voleibol como disposto curricularmente. Como ensinar, ministrar uma aula, compete á Pedagogia. Por sua vez, o titular na Pedagogia realiza suas aulas dizendo sobre "tudo" de sua área para uma plateia pouco interessada, sem qualquer averiguação prática. É evidente que nunca vai dar certo. Além disso, os cursos de Pedagogia já foram declarados bastante ineficazes por secretárias de Educação e doutores na área. O que fazer?
Concluo que as universidades - seus professores (deve haver exceções louváveis) - estão pouco ligando para uma boa formação de seus alunos. Trata-se de um "faz de contas" que já ultrapassa dois séculos. Como fazer que um aluno universitário, de qualquer área se interesse pela cadeira de Pedagogia é uma luta inglória, especialmente na área da Educação Física e Esportes. Assim, perpetua-se o erro. Ensinamos nosso futuros professores a permanecerem na mesmice!
Solução? Como o ambiente acadêmico é também corrompido por múltiplos interesses, é bem possível que a solução deva vir de fora. Evidentemente, levará anos para ser modificada como atesta o Zé. Assim, ou permanecemos repetindo o óbvio, ou individualmente partimos para a luta inglória, cada um realizando um pouco que seja na busca de mudanças no status quo.
Visite www.procrie.com.br/procrienoprezi. Alguém está disposto a se engajar nessa cruzada? Ou acometer-se do comodismo e dizer que tudo está errado? Além de apresentar soluções (não sei ainda se válidas), continuo tentando "penetrar" no intocável sistema universitário brasileiro. É difícil, mas como disse São Paulo, trata-se de "um bom combate"!
Por fim, Luciano, como atua em Curitiba devo informá-lo que há muitos adeptos ao Procrie em sua cidade. Tomara que estejam aproveitando bem os artigos que falam da Arte de Ensinar. Quando quiserem, posso visitá-los a qualquer momento. Estarei enviando para dezenas de universidades material disponível no Procrie, incluso a obra História do Voleibol no Brasil (2 vol.), para divulgar no meio acadêmico o meu trabalho e se conquistar um adepto que seja, estarei realizado.
Aguardem!
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