André Comte-Sponville, um filósofo francês, lista as virtudes humanas: fidelidade, prudência, temperança, coragem, justiça, generosidade, compaixão, misericórdia, gratidão, humildade, simplicidade, tolerância, pureza, doçura, boa-fé e humor. Antes das virtudes estaria a polidez; acima das virtudes, o amor. Destaco alguns vícios: luxúria, soberba, preguiça, gula, inveja, avareza e ira. Não é difícil encontrar no esporte, diversas dessas virtudes e muitos dos vícios. No esporte profissional, aquele de alto nível de rendimento, com facilidade observamos manifestações de ira, soberba, inveja ou avareza. Porém, alguns deles também podem ser percebidos no esporte de participação, esse esporte nosso de cada dia. As virtudes, igualmente, estão presentes no esporte e podem ser registrados aqui e ali. Quantas vezes não vi em estádios de futebol, nas arquibancadas e no gramado, manifestações de fidelidade, de coragem, de generosidade, de humildade ou de humor! Compete aos que ensinam esportes potencializar, ou uma coisa ou outra. Nós, professores, não precisamos potencializar a ira ou a avareza quando ensinamos esporte. Ao contrário, deveríamos saber potencializar a coragem, a compaixão, a generosidade, a prudência. Trata-se de opções pedagógicas. Escolham, e não digam que não puderam escolher.
Comentários
Por
Pedro António Pessula
em 18 de Abril de 2011 às 06:44.
Caro Professor João Baptista,
Buscar as virtudes e os vícios do desporto para poder ensinar melhor, é do meu ponto de vista, útil e torna o ensino dos desportos colectivos uma actividade alegre e prazerosa para as crianças e jovens. É uma forma de podermos criar motivação para a participação das crianças nas aulas de Educação Física, que no nosso país (Moçambique) tem sido o maior cancro na educação.
Um abraço
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