Bracht et al. (2002), ao afirmarem que atualmente privilegia-se mais a formação técnica do profissional de Educação Física em detrimento de uma formação pedagógica com analise e reflexão dos conteúdos, expõem uma idéia geral das Instituições formadoras de professores, apontando que esse enfoque enciclopédico acaba atendendo mais aos modismos do mercado do que o interesse das escolas públicas.

 

A ausência de uma concepção curricular que fundamente a organização das disciplinas e as praticas docentes a elas vinculadas, torna as Instituições formadoras de professores de Educação Física uma presa fácil de discursos que valorizam os interesses do mercado e a hegemonia de algumas concepções técnicas onde a fragmentação do saber e a manutenção de padrões tradicionais de valores tem lugar central. (BRACHT et al. 2002 p.74)

 

 

 

Os professores de Educação Física, sabem claramente qual o seu papel como docente?

Comentários

Por Aldemir José Ferreira Teles
em 16 de Abril de 2011 às 20:59.

Olá Israel, como moderador (um tanto ausente pelas tarefas da Secretaria dos Esportes) desta Comunidade fico feliz pela postagem do debate. Não li na íntegra o texto do Bracht et al., mas penso que o fragmento apresentado por você não deixa claro o foco da crítica e se isto pode ser generalizado para todas as IES de Educação Física no Brasil. Então para quê a divisão do curso de EF em Bacharelado e Licenciatura. A crítica citada vale para os dois cursos. É preciso aprofundar para melhor entender.

Abraço

Por Israel Pereira Gomes
em 16 de Abril de 2011 às 21:56.

Desculpe, realmente não fui claro ao levantar este quetionamento; Eu me refiro aos professores de licenciatura em Educação Física, pois como aluno do curso, percebo em meus estágios, que os professores que atuam na area sofrem com este dilema, qual o objetivo da aula? sofrem constantes cobranças de todas as partes, sociedade, escola, governo, pais de alunos, cada qual com uma visão diferente da função do professor de educação física.

Aprendemos na faculdade atualmente, que devemos abordar a cultura corporal do movimento nas aulas, mas no entanto, a cobrança de se buscar/descobrir atletas para as olimpiadas e copa do mundo, por influência da midia, os alunos so querem jogar bola e o professor acaba cedendo, alguns por comodismo e outros porque não conseguem adequar a esta nova realiadade das aulas. Fico triste em ouvir, "o professor de educação física da escola é só um entregador de bola". É claro que é sua menoria, pois presenciei vários profissionais com atuações brilhantes e inovadoras.

Por Roberto Affonso Pimentel
em 11 de Setembro de 2011 às 09:14.

Professores, passados cinco meses da última postagem venho dizer-lhes algo. Muito se discute e pouco se faz! Esperar que a universidade brasileira "descubra" alguma coisa é crer no Papai Noel. Trata-se de cada um, ou pequenos grupos, se aglutinarem para desbravar na prática o melhor a fazer. Nesse processo, toda ajuda é satisfatória. Caberá a cada um discernir e exercecer seu poder de crítica e interpretação para o que dizem ou apregoam. Como se dizia, "a universidade tem um curriculo a cumprir, o aluno que se vire". Enquanto isto, uma greve aqui, outra acolá, e estamos conversados aguardando apenas a almejada aposentadoria.  

Este é o tema que palpita no mundo. Teremos o III Conbrace, em Porto Alegre, e um outro encontro em Portugal até onde sei. Mas se realmente estão preocupados com o assunto, posso estender-lhes a mão para uma pequena ajuda. Está formulada em http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/ . A partir dali poderemos colecionar e oferecer subsídios para a construção de melhores professores. Pelo visto, já percebeu que eles não são forjados nas universidades. Ali pega-se o diploma que o habilitará legalmente a exercer a profisssão. Todavia, como ser um "Bom Professor"?

Vejam alguns artigos a esse respeito nas postagens que realizo no Procrie: www.procrie.com.br/

Por Roberto Affonso Pimentel
em 11 de Setembro de 2011 às 09:14.

Professores, passados cinco meses da última postagem venho dizer-lhes algo. Muito se discute e pouco se faz! Esperar que a universidade brasileira "descubra" alguma coisa é crer no Papai Noel. Trata-se de cada um, ou pequenos grupos, se aglutinarem para desbravar na prática o melhor a fazer. Nesse processo, toda ajuda é satisfatória. Caberá a cada um discernir e exercecer seu poder de crítica e interpretação para o que dizem ou apregoam. Como se dizia, "a universidade tem um curriculo a cumprir, o aluno que se vire". Enquanto isto, uma greve aqui, outra acolá, e estamos conversados aguardando apenas a almejada aposentadoria.  

Este é o tema que palpita no mundo. Teremos o III Conbrace, em Porto Alegre, e um outro encontro em Portugal até onde sei. Mas se realmente estão preocupados com o assunto, posso estender-lhes a mão para uma pequena ajuda. Está formulada em http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/ . A partir dali poderemos colecionar e oferecer subsídios para a construção de melhores professores. Pelo visto, já percebeu que eles não são forjados nas universidades. Ali pega-se o diploma que o habilitará legalmente a exercer a profisssão. Todavia, como ser um "Bom Professor"?

Vejam alguns artigos a esse respeito nas postagens que realizo no Procrie: www.procrie.com.br/


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