Diante de tantas inquietações e desencantos com a profissão de Educação Física no Brasil, convidamos os estudantes de Educação Física das várias instituições de ensino do RN para a vivência criativa de novas perspectivas para a profissão. Há uma relação sadomasoquista vivida na Educação Física que tem provocado o adoecimento dos profissionais e da profissão. No entanto, os jovens estudantes representam o futuro e não devem se perder na desesperança... Podemos contribuir para reencontrar a nossa alegria e a nossa esperança por um mundo mais humano. Estamos fazendo um belo trabalho com educadores de várias áreas do conhecimento para o reencantamento da educação que pressupõe necessariamente o reencantamento da própria vida do educador. Vamos tentar? Inicialmente, precisamos ter bastante calma para que o processo possa fluir em espiral... Precisamos convidar nossos alunos, colegas e amigos que acreditem que a mudança é possível e se disponham a mudar, de dentro para fora e de fora para dentro. Corporalizar tais mudanças significa mostrar com a própria vida o valor das ideias que estão sendo defendidas por cada um e pelo grupo que se constituirá por afinidade de projeto. Precisamos ter tranquilidade para poder respeitar às diferenças... Acreditamos que a mudança é possível, pois há uma tarefa educativa fascinante que passa pelo nosso corpo e pela nossa corporeidade. Acreditamos que a Educação Física precisa brilhar nos palcos da educação e da saúde. Para nós, humanescer é preciso! É fazer brotar toda a beleza que existe dentro de cada ser humano...

Comentários

Por Irapuan Medeiros de Lucena
em 11 de Setembro de 2009 às 13:25.

Novos desafios

Olá pessoal....Estou aqui de coração aberto em busca desse reencantamento da Educação e da Educação Física, sei que a caminhada é ardua. Mas nem tudo são espinhos e neste percurso sempre irão brotar belas flores, temos que seguir trilhando em busca de novos desafios e possibilidades para esse novo tempo. Busco respostas para minhas inquietações: Como posso contribuir para uma Educação Física de qualidade? O que tenho feito para melhorar a vida no planeta?.

Quero Humanescer e seguir construindo sempre.

Um abraço

Irapuan Medeiros

Por Luiz Marcos Fernandes Peixogo
em 11 de Setembro de 2009 às 22:29.

Peço licença para chegar a tão nobre espaço,

       Como me sinto feliz em poder contemplar propostas  como esta que nos permite  imergir em processos dialógicos que contemplam a formação e intervenção do Profissional de Educação Física.

        Sim, chegamos a um marco histórico/tempo muito importante: a certeza de que não queremos mais e o de não saber para onde ir.

             Já faz muito tempo que nos incomoda a leitura social das práticas sem sentidos e significados que invariavelmente, por mais que tentemos, somos traídos por nossa história de vida e acabamos no não mais.

            Por tempo falamos da ascensão da cultura corporal como objeto de dos nossos fazeres. Mais estamos demorando a dar conta para resistência do jovem às ações da escola e com que naturalidade se relaciona fora dela. Ainda temos muitas dificuldades em compreender os fenômenos entre vida e escola. Precisamos urgentemente enxergar que no bojo dessa dinâmica cultural as ações e as instituições devem ser repensadas para transformar-se. Uma revisão que terá que necessariamente ser construída a partir das possibilidades dos envolvidos no processo, partindo do variado repertório de conhecimentos, ampliados e aprofundados, qualificados criticamente com ênfase na história dos aprendentes, dos seus movimentos, suas emoções, seus desejos, suas possibilidades. Isso permitirá acima de tudo, o aprender os significados e sentidos, os fundamentos e os critérios das culturas.

            Vivemos o pós-moderno que apresenta comportamentos humanos resultantes de manifestos interiores bem delineados. O relativismo produz seres sem convicções. A superficialidade humana vazios. Imediatismo traduz a ausência de visão. Individualismo nos leva a sermos pessoas ensimesmadas. O cientificismo nos deixa sem rumo. Materialismo nos deixa sem direção. O pragmatismo, baixa nossa moral e daí vêm a pouca reflexão que produz a inconseqüência que apresenta a falta de humanismo que por sua vez nos deixa indiferentes. Ou seja, o melhor dos tempos e o pior dos tempos.

            Para fazer frente a esses manifestos humanos, somente uma pedagogia onde se estabeleça cultura de valores eternos poderia promover a humanescencia.

            Mas onde e como semear?

            No sujeito de nossas ações – o homem. Somente podemos impactar a que nos dispusermos a conhecer com convicção. Precisamos estabelecer novas pedagogias. Rever questões práticas e primárias, expressar modos de vida, buscar axiologias, ser produtivo, sonhar com o utópico, com o ufano com o intangível, vê o que não se via antes.

            Para que isso aconteça processos importantes precisam acontecer como, por exemplo: resgatar os valores em tempos globais; compromisso e competência se fazer presente para quem se propõe a trabalhar com vidas; estabelecer a justiça ( moral ) e a ética ( sentimentos ) e por fim resgatar a vocação das instituições. São tempos de pluralidade, privação da vida e secularização.

            Ensinar é a materialização da transcendência. É quando se estabelece a pedagogia do encontro, do toque. Nossos encontros devem ser revestidos de sentimentos, emoções, vitórias, lutas, de olhares históricos, olhos do amor de Deus.

            O ambiente escolar é muito árido. O “oi” substitui a abertura do diálogo transcendente, contagiante do “como vai”. Não há prática do amor.

            Creio que a Educação Física deve ultrapassar a proposta ação/reflexão e incluir a dimensão do coração. O sentipensamento. É muito importante compreender que mais importante que o desenvolvimento cognitivo, motor é o respeito às diferenças, ao tempo do aprendente.

            Portanto, a convocação para uma ampla, irrestrita discussão é muito bem vinda e acredito numa nova geração de profissionais que motivada pelas grandes mudanças podem sim, contribuir como agentes de transformações para um mundo diferente. Vamos tencionar nossos entendimentos, nossas dificuldades com o trato de conteúdos didáticos, pedagógicos, políticas públicas, lazer, saúde, corpo, cultura entre outros elementos.

Abrejos.

 

Luiz Marcos

           

 

 

 

Por Sonia Cristina Ferreira Maia
em 15 de Setembro de 2009 às 11:29.

Caros companheiros professores de Educação Física,

Penso que uma primeira contribuição para a Educação Física seria uma mudança a partir de nós mesmos, sobre nossa prática, a maneira de olhar o planeta como professor de Ed. Física e acima de tudo lê para podermos fazer as costuras no conhecimento.

Abraço,

Sonia Maia

Por Katia Brandão Cavalcanti
em 17 de Setembro de 2009 às 12:42.

Aos Estudantes e Profissionais de Educação Física,

Qual é o nosso desejo com a profissão chamada de Educação Física? Qual é o nosso desejo para atuarmos profissionalmente com os elementos da cultura corporal? Qual é o nosso desejo com a corporeidade? Temos algum sonho! Algum projeto?


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