Ao buscarmos sentido e significado para a educação que praticamos, estamos no movimento de quem reflete a sua própria prática e quer contribuir para a criação de uma nova arquitetura de gestão pública, que denominamos “Município que Educa”. A escola e toda a comunidade escolar são gestores sociais do conhecimento que, de forma sistemática e coletiva, criam as condições para a construção de novos conhecimentos e saberes que atendam às exigências do Século XXI, ou seja, às necessidades educacionais do presente e do futuro.
Uma “nova arquitetura” tem a ver com inovação e mudança, e isso acontece sempre a partir do que já existe. Se inovamos, acrescentamos ao existente algumas características, melhorando a forma de fazer, de realizar, de produzir. Ao inovar e provocar mudanças, sem que o percebamos, melhoramos também o nosso próprio jeito
de “ser”. Quando mudamos algo, alteramos mais radicalmente o objeto da nossa ação, mexendo com as raízes ou com a estrutura do que deve ser modificado. É nessa perspectiva que nos colocamos, ao refletirmos as condições atuais da gestão pública e ao propormos a organização de uma rede articulada, nacional e internacionalmente: a Rede Município que Educa, que visa à melhor qualidade de vida no município, a potencializar os seus espaços educativos, à democratização do poder municipal e ao desenvolvimento local, com base em relações éticas e transparentes entre estado e sociedade civil. Para terem sentido e significado, inovação e mudança devem nascer de um desejo, de uma necessidade, de uma indignação ou de algum problema que nos desafie e que necessite ser superado e resolvido. Paulo Freire falava de “justa ira”, de indignação, que nos levaria à busca de alternativas, de mudanças, enquanto reação radical diante, por exemplo, de quaisquer manifestações de preconceito ou de injustiça.
Paulo Roberto Padilha - UNIFREIRE
http://redesocial.unifreire.org/paulorobertopadilha/municipio-que-educa-texto-original
Como conceber o esporte num “Município que Educa”?
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