Colegas quero colocar esse tema em debate, pois tenho uma  preocupação muito grande com a saúde de nossos alunos. A tempos que já não se realiza as avaliações médicas dos alunos  no início do ano letivo. Em um universo muito grande de jovens sempre haverá algum que tenha um problema de saúde e, como trabalhamos com esforço físico estaremos colocando em risco este aluno. Tenho a certeza que muitos de nós já passamos por alguns momentos em que jovens em plena aula de educação física tiveram um mal súbito, eu já tive esse problema muitas vezes. Minha pergunta é: em caso de óbito de um aluno em nossas aulas, qual será a responsabilidade do Professor de Educação Física?

Comentários

Por Luiz Roberto Nuñes Padilla
em 2 de Abril de 2011 às 16:35.

Louvável a iniciativa de propor o tema. Há algumas décadas a apologia à rapidez (crença de que a rapidez é mais importante que a segurança) vem alimentando o (péssimo) hábito das pessoas tomarem decisões precipitadas e baseadas em superficialidade.

 No exemplo de um óbito em plena aula, ainda que o falecimento não seja conseqüência de qualquer ato ou omissão do professor, este terminará sofrendo. Além de ser altamente provável, pelo que ordinariamente vem acontecendo, que alguém desencadeie algum boato ou acusação via internet, e que crescerá via buylling e outros procedimentos inerentes à Cultura da Superficilidade, o que levará à crucificação pela opinião pública, o fato é que depois do mal feito, dificilmente será reparado.

Primeiro porque os veículos de comunicação que usaram as mentiras para atrair leitores dedicarão, no máximo, obtusos espaços para o desmentido. E o pior, os pratos da balança não tem o mesmo peso e a Justiça não passa de uma esperança dos apaixonados e sonhadores acadêmicos de direito, veja a respeito, no Portal Luiz Nassif:

http://blogln.ning.com/forum/topics/cultura-da-superficialidade-e/

 

A bestialidade humana em perseguir personagens divinos não tem limites; Sócrates porque pregava a fraternidade for morto com cicuta... Outros tantos, foram crucificados. Até um santo como Sidharta foi perseguido e, mesmo modernamente, Gandhi, sofreu...

Gente mal intencionada aproveita para prejudicar pessoas e atividades que fomentam a ética porque lhes prejudicada o lucro.

Em 1984, em praia do litoral norte do RS um jovem foi morto selvagelmente por um bando de delinqüentes de classe média alta, que o deburraram e, contra uma mureta de metal, chutaram-no impedosamente. Contudo, interessados em DIFAMAR uma das artes marciais que crescia em importância no estado, e que, além de propiciar boa saúde, ampliam a percepção ALICIARAM a manchete: “Jovem morto a golpes de karate”.

As melhores escolhas dependem de informações de qualidade e um esforço consciente para as compreender, trabalho que consome tempo e energia. Contudo, a cultura de superficialidade dissemina falsas relações de causa e efeito: “Artes Marciais fomentam a violência”. Isto está distante da realidade, e talvez, por isto, Peter Payne, no título de seu livro, associe Artes Marciais aos mitos e mistérios.

Apesar de prepararem para o combate, as Artes Marciais desenvolvem o caráter pacifista:    Aprender a arte de lutar molda a tranqüilidade. O aprendizado desenvolve o Ki, capacidade de fluir a energia, a paz interior, e o poder de cura, como ilustra a pag.86, do livro citado:

 

Forte   é quem   vence sem lutar,     mesmo tendo o  poder de vencer lutando...

 “Farta literatura mundial indexada e com credibilidade no meio científico, a prática de modalidades que envolvem artes marciais não é prejudicial á saúde, independente da idade de quem pratica.” médico Roberto C. Arena de Souza

No livro “Samurai, o Lendário Mundo dos Guerreiros”, Stephen Turnbill,   Doutor em História, graduado pela Universidade de Cambridge, intitula a conclusão de “O Paradoxo da Tranqüilidade”.

Arquiteto, Helio Riche Bandeira, por vocação, há décadas ensina Artes Marciais. Graduou-se professor de educação física, e leciona na melhor escola da Capital gaúcha, o Colégio Militar de Porto Alegre. Disponibilizou seu trabalho de mestrado sobre os benefícios da prática de Artes Marciais na educação.

Há duas décadas, a BBC londrina decidiu produzir documentários sobre os grandes mestres das Artes Marciais, e mandou Howard Reid e Michael Croucher, seus principais repórteres. Visitaram India, China, Japão, e Filipinas, descobrindo sobre o Aikido, Bojutsu, Eskrima, Hsing-I, Kalaripayit, Karate, Kendo, Kung-Fu, Marma Adi, Naguinata-Dô, Pa-Kua, Shorinji Kempo, Tai-Chi.

Após editar as reportagens, descreveram suas experiências sobre a intrigante constatação de que a prática de uma habilidade mortal auxilia a alcançar a iluminação espiritual.      A preparação para a luta propicia uma paz interior, como registraram no livro: "O Caminho do Guerreiro, o Paradoxo das Artes Marciais”: Os mais exímios lutadores do mundo, são pacifistas, éticos, disciplinados, tranqüilos, e dotados de extraordinário grau de percepção. Assista os documentários da BBC, e acesse a mencionada tese de mestrado em educação em http://www.padilla.adv.br/desportivo/artesmarciais/


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