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PLC - Comunicações sobre a rede elétrica  Uso da rede elétrica para internet só vai beneficiar o consumidor

Flávio Carvalho - Colunista do Portal Uai
Reprodução infomaniaco.com.br


Uma resolução normativa de 23 de agosto da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) liberou o uso no Brasil de mais um recurso tecnológico para inclusão às redes de telecomunicações. O PLC (Power Line Communications) é um sistema conhecido há muito tempo e utiliza a rede elétrica como meio metálico de transporte de comunicações analógicas ou digitais. Tem sido utilizado há décadas em comunicações internas distantes no sistema elétrico (telefonia, supervisão e comando) e, agora, ingressa na prestação de serviços públicos de telecomunicações.

A intervenção da ANEEL regulamentou a participação das empresas distribuidoras de energia elétrica nesse negócio porque, não podendo explorar diretamente serviços públicos de telecomunicações, já podem fazê-lo através de parcerias ou da criação de subsidiárias.

A concepção atual do PLC baseia-se na inserção de sinais de
comunicações na rede de fios dos circuitos secundários dos
transformadores de distribuição de energia elétrica, os quais,
tipicamente, alimentam uma média de 50 consumidores urbanos em um raio de até 600 metros (os transformadores de distribuição são aqueles instalados nos postes, que têm a função de reduzir a tensão elétrica residencial para 127 Volts). Assim, qualquer tomada de energia de um domicílio conectada a um modem PLC pode ser um ponto de acesso à uma rede de telecomunicações.

Do ponto de vista funcional, a primeira geração de produtos PLC disponível no mercado acena com taxas de transferência de até 75 Mbps, o que, em termos de banda larga, ainda os coloca em posição inferior aos 200 Mbps das placas de rede comuns. O site da CEMIG relata experiências de campo em torno de 4,5 Mbps, o que, para 45 usuários conectados ao mesmo tempo, ofereceria 100 Kbps a cada um, limitando os
acessos a serviços de telefonia e internet em baixas taxas.
Mas a sua importância decorre da capilaridade que a rede elétrica oferece no ambiente urbano brasileiro, onde a conexão física já está estabelecida nos domicílios. Torna-se, então, extremamente atraente em termos econômicos porque essa infra-estrutura, a menos de pequenos investimentos em adaptação, já está pronta. No Brasil, das empresas que oferecem serviços e produtos de interesse público (“utilities”) através de rede metálica, as distribuidoras de energia elétrica são as que têm maior presença no domicílio do usuário, à frente das “telefônicas” e das redes de TV a cabo que somente agora começam a se popularizar.

A tecnologia PLC pode substituir, na rede de telecomunicações, a última etapa da conexão dedicada ao usuário: a rede de acesso, simbolicamente chamada de “last mile” (última milha). A rede de acesso é, atualmente, o gargalo econômico dos sistemas fixos (conexão metálica). Isto porque, nos sistemas modernos de telecomunicações, os avanços da tecnologia influíram mais decisivamente no barateamento (e na aproximação física com o usuário) dos componentes “inteligentes” da rede, como as centrais de comutação (de circuitos ou pacotes de dados) e o entroncamento entre as centrais (locais ou distantes) através da eletronização e digitalização dos equipamentos e do uso das fibras ópticas.

O PLC pode vir a ser mais um agente efetivo no aumento da competição nos serviços de telecomunicações, ao lado das redes “telefônicas”, das TV a cabo e das redes “wireless” (sem fios), beneficiando o consumidor pelas possibilidades de redução dos preços de tarifas e melhoria do atendimento e da qualidade dos serviços.

http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_11/2009/09/04/em_noticia_interna,id_sessao=11&id_noticia=126088/em_noticia_interna.shtml

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