Caros colegas...
Venho acompanhando alguns acontecimentos que cercam o assunto Tecnologia do/no Esporte e algo em particular me chamou a atenção.
Dirigentes da FIFA confirmaram a utilização da bola com um sistema eletrõnico capaz de identificar se a bola ultrapassou ou não a linha do gol. Ao mesmo tempo, outros dirigentes da FIFA (entre eles Platini), se posicionaram contra - dizendo que a tecnologia fere os princípios e tradições do futebol.
O que se busca, então?
Se o objetivo é dar ao futebol uma maior credibilidade e justiça, minimizando a margem de erros de arbitragem, é claro que a tecnologia surge como a melhor alternativa.
Se o objetivo é dar ao futebol a sua própria característica de esporte do povo, de fácil organização e sem muitas "frescuras" para se jogar, a tecnologia surge como uma grande ameaça.
Penso que o futebol deve passar por adaptações e adequações, assim como ocorreu no volei - onde as regras mudaram para atender uma necessidade da TV e deixar o esporte mais interessante (não se pensou em justiça). Mas ao mesmo tempo, não espero que essas mudanças não altere a identidade da modalidade.
Acho que em grandes eventos internacionais é recomendável o uso da tecnologia. Nas demais competições, não.
Abraços a todos,
Prof. Ricardo Torrado
Comentários
Por
Edison Yamazaki
em 22 de Janeiro de 2013 às 03:49.
Ricardo,
A coisa toda é bem polêmica. Dizem que o futebol torno-se o esporte mais praticado no planeta porque suas regras são universais. Quer dizer, uma tripo de índios no interior do amazonas utilizam as mesmas regras da Champions League. Essa unidade é que permitiu que o futebol se tornasse tão popular.
Diferentemente de outros esportes quando algumas regras são aplicadas de maneiras diferentes dependendo do país, o futebol possui as mesmas regras no mundo inteiro. Tenha árbitro ou não, a lei do impedimento é marcado de maneira inapelável.
Imaginando-se na hipótese de que apenas em eventos internacionais a tecnologia seja utilizada, como ficariam os campeonatos colegiais, universitários e militares de um determinado país? Será que o futebol não ficaria dividido entre o futebol tecnológico e o comum? Qual seria o futebol de verdade? Terá credibilidade um campeonato na várzea ou o interclubes de amadores? Os gols marcados oficialmente seriam apenas os dos campeonatos internacionais já que não se pode ter certeza se o gol regional foi válido ou não?
Acho que a discussão é longa e ainda irá gerar muita confusão. E o gol de mão sem ajuda eletrônica vale?
Por
Ricardo Antonio Torrado de Carvalho
em 24 de Janeiro de 2013 às 17:46.
Concordo plenamente que é uma discussão longa. Assim como "lançou" algumas questões, lanço outras.
Continuaremos convivendo com gols de mão, impedidos, e bolas que entrou e o juiz não de...enfim...por pensarmos na tradição e não num sistema que trará justiça/verdade?
Pensando num sistema/tecnologia que trará justiça/verdade aos lances do futebol, seria possível aplicar em colégios e tribos de índios?
Esse é o confronto....portanto, penso num grau de importância. Um gol impedido no colégio é menos importante que num mundial de clubes. Mesmo que ocorresse uma divisão (infelizmente)
Mas o assunto é interessante e polêmico....isso porque nem entramos no lado ético da coisa...rs...e agradeço mesmo por ter contribuído com seu ponto de vista.
Para comentar, é necessário ser cadastrado no CEV fazer parte dessa comunidade.