Cevnautas, ainda estamos juntando gente para a comunidade "Videogames(?) e Atividade Física". Enquanto isso vamos postando agui os avanços, como na matéria do Portal Terra (7/6/2012). Na sequência do artigo colo a apresentação da pesquisadora citada e o endereço do Laboratório. Laercio
Videogames interativos garantem boa forma
Qui, 07/06/2012 - 13h54
Vistos como vilões no passado, por serem um dos causadores do sedentarismo ou da inércia infantil, os videogames mudaram, se tornaram interativos e oferecem jogos que incentivam atividades físicas ou aventuras que fazem os jogadores se movimentarem, perdendo calorias de forma divertida, garantindo mais saúde a todos da família.
Esportes virtuais como lutas, aulas de ginástica, vôlei, tênis, boliche e dança, mostram resultados significativos para emagrecimento.
Dependendo do jogo, você consegue perder 400 calorias em uma hora. Além disso, tonifica os músculos inferiores e superiores e faz adquirir maior atenção e coordenação.
O game Wii Fit para o console da Nintendo usa uma balança com sensores que proporciona aos usuários realizarem exercícios aeróbicos, melhorar a coordenação motora, força e até mesmo praticar yoga. Ele mede o índice de massa corporal do jogador e cria um programa de exercícios personalizado, que gradualmente vai se tornando mais desafiador, enquanto dá dicas de saúde e de como manter uma boa condição física entre um exercício e outro.
Para manter as crianças mais saudáveis e menos sedentárias, muitos pais estão descobrindo os videogames e os jogos chamados de "exergames," que promovem o aumento das atividades físicas e geram curiosidade e excitação entre as crianças.
Por exemplo, um game chamado "Dance Dance Revolution", produzido pela Konami, requer que os jogadores dancem vigorosamente seguindo a indicação de quatro setas mostradas na tela. Enquanto repetem os movimentos, estão também acompanhando o ritmo da música.
Nos Estados Unidos, escolas já incorporaram o videogame nas aulas de educação física. E os estudantes não são os únicos que usam os jogos para entrar em forma; o conceito vem sendo adotado por adultos e personal trainers. Casas de repouso já estão começando a usar o Nintendo Wii para manter seus hóspedes fisicamente ativos.
Professores de educação física atestam que os games proporcionaram uma melhoria na resistência, velocidade, coordenação e equilíbrio dos alunos. E vão mais além, revelam que as diferentes modalidades de jogos e dificuldades queimam tantas calorias quanto aquelas perdidas por pessoas que praticam exercícios aeróbicos de alto impacto.
A comunidade médica também apoia o uso dos games na promoção de hábitos saudáveis. A "Robert Wood Johnson Foundation" criou o Programa de Pesquisa de Games Saudáveis no final de 2007 para promover o uso de games na área da saúde. O programa, sob direção da Universidade da Califórnia e da pesquisadora Debra Lieberman, já distribuiu 21 bolsas para os hospitais e universidades em todo o país para pesquisa e desenvolvimento de projetos originais, que utilizem jogos que requerem atividades físicas ou a promoção de hábitos saudáveis.
leia também:
Videogame pode fazer bem à saúde http://vilamulher.terra.com.br/videogame-pode-fazer-bem-a-saude-11-1-68-255.html
Wii, videogame incentiva o movimento http://vilamulher.terra.com.br/wii-videogame-incentiva-o-movimento-8-1-56-7.html
Que tal entrar nessa onda você também? Junte-se aos filhos, reúna amigos e familiares e promova campeonatos em casa, aposto que será bem divertido e se manter o hábito, garantirá uma boa perda calórica, adquirindo melhor condicionamento físico.
Por Carmem Sanches
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A Pesquisadora:
Debra Lieberman, Director Degrees Ph.D., Communication, Stanford University Ed.M., Media and Learning, Harvard Graduate School of Education B.A., Psychology, Swarthmore CollegeDebra Lieberman, Ph.D., is a communication researcher at the University of California, Santa Barbara, where she directs the Health Games Research national program. Her research focuses on processes of learning and behavior change with interactive media, with special interests in games, health media, and children's media. Before joining UC Santa Barbara, Debra was vice president of research at Click Health, Inc., where she designed Nintendo-platform health video games based on established principles of health promotion and behavioral health. Clinical trials found that the games significantly improved players’ health outcomes by improving their prevention and self-care behaviors for asthma self-management, diabetes self-management, smoking prevention, and other health areas. Prior to working at Click Health and at other companies that developed health media and home-to-clinic telehealth systems, she was a faculty member in the Department of Telecommunications at Indiana University, Bloomington. Debra holds a Ph.D. in Communication from Stanford University and an Ed.M. in Media and Learning from the Harvard Graduate School of Education.
O Laboratório: http://www.healthgamesresearch.org/
Comentários
Por
Edison Yamazaki
em 8 de Junho de 2012 às 03:19.
Laércio,
Os games servem como práticas esportivas, consomem energia, fortalece e emagrece.
Os atuais jogos interativos nos fazem movimentar. Não são iguais os jogos de verdade, mas é divertido. Seguir a orientação da TV sem pensar em nada, muitas vezes, ajuda a relaxar. É só ficar pulando, trocando os pés, levantando os braços, elevando os joelhos. Não precisa ter nenhum talento especial.
O problema é que esses jogos, com o passar do tempo, ficam monótonos e aí, o praticante deixa de executá-lo. O pior é que ele acostuma a "malhar" sozinho e não consegue se adaptar numa academia, onde a interação com outros é inevitável.
Tenho vários desses jogos em minha casa, e eventualmente os utilizo. Apesar de ser uma opção para a ginástica nas academias, tem muitas limitações, além de deixar o participante "um pouco alienado".
Acredito que para os idosos seja ainda pior, pois eles estão num estágio em que é necessário a presença humana, o olho no olho. Aqui no Japão, quando a neve não dá tréguas, utilizamos uma enorme TV e brincamos até cansar.
Mas bom mesmo é correr com amigos, malhar nos aparelhos, copiar um instrutor de verdade.
Por
Fernando Joaquim Gripp Lopes
em 26 de Junho de 2012 às 11:01.
Yamazaki,
Você foi perfeito em seus comentário. Os exergames não resolvem totalmente o problema. O grande erro é pensar que ele irão substituir o real. Todas as críticas que são feitas à realidade virtual partem desse princípio equivocado de achar que o virtual veio para substituir o real. Na verdade eles se complementam. Veja o seu caso ao citar a utilização dos games durante o inverno rigoroso.
Recentemente publicamos um artigo sobre a possibilidade de utiluização dos exergames na educação física escolar. Os interessados podem acessá-lo aqui:
http://www.rbceonline.org.br/revista/index.php/RBCE/article/view/1017
Sintam-se á vantade para suas críticas e observações.
Grande abraço,
Por
Fernando Joaquim Gripp Lopes
em 2 de Julho de 2012 às 13:43.
Por
Edison Yamazaki
em 3 de Julho de 2012 às 01:18.
Fernando,
Por incrível que pareça, num país tão tecnológico como o Japão, e até por causa disso, mutos preferem as aulas de ginásticas nas tradicionais academias com um professor ditando ordens.
Não tenho dúvidas de que exercídos interativos vieram para ficar. Principalmente quando o assunto for dança, exercícios aeróbicos e localizados. As máquinas possuem uma variedade enorme de coletores de dados (peso, altura, gordura, etc.) e traçam exercícios personalizados. Para quem gosta de malhar sozinho é ótimo.
Os jogos de tênis e vôlei também são interessantes, mas precisam de um pouco de espaço na frente da TV. Fiquei com dores musuculares disputando uma partida de tênis contra meus amigos virtuais.
Os exercícios em sí podem ser feitos sem a presença de ninguém (apesar de monótono), mas nada se iguala ao fato de poder conversar e trocar idéias com outros membros de uma academia. Observar e ouvir detalhes dos professores. Ver como estão o desempenho dos companheiros, poder se comparar. Enfim, praticar exercicios sem se distanciar demasiadamente da vida cotidiana com os seus barulhos, problemas e imperfeições.
Os principais beneficiários dos exercícios vituais são as crianças que começam a fazer imitações, aprendem a conhecer certos esportes e buscam aperfeiçoamento. Na outra ponta, os idosos com dificuldades de locomoção, não precisam enfrentar as chuvas, o forte calor, a falta de tempo.
Não é um segmento barato, mas tem tudo para dar certo no mundo atual.
Por
Ramon da Silva Cerqueira
em 21 de Agosto de 2012 às 17:59.
Pois é Yamazaki, eu trabalho com exergames desde 2009, utilizo ele em aulas particulares como personal, e até levei para a escola algumas vezes, o fato é, o Brasil por não ser um PAÍS tão tecnológico como o japão, isso, ainda é uma novidade, e por isso que as pessoas se sentem atraidas por essa novidade tecnológica. Creio que no japão o convivio seja tão frequente que não estimule tanto. Mas eu vou dá um exemplo que aconteceu comigo mesmo. Eu tinha um casal de alunos que tinham uma filha acima do peso, quando eu comecei a trabalhar com eles com exergames, eles gostaram tanto que compraram um pra eles também, para estumular a filha, no começo jogavam muito, mas em pouco mais de 1 mes enjoaram, A CRIANÇA LOGICAMENTE NÃO ENJOOU DO GAME, mas, é como comparar isso a pessoas que possuem aparelhos de musculação em casa, sinceramente, 90% das pessoas que eu conheço, que possuem algum tipo de aparelho em casa não utilizam.
Alguns jogos de exergames estão causando alguns problemas em pessoas, citei alguns em minha monografia, e a tendencia desses problemas eh aumentarem, principalmente nos jogos que disponibilizam um PERSONAL TRAINER VIRTUAL!
Esse é o meu estudo: http://cev.org.br/biblioteca/exergames-educacao-fisica-se-nao-pode-vence-los-una-se-eles/
Ha sim, estou atras de pessoas que se interessam pelo tema e reunindo-os numa página no facebook, afim de trocar informações, debates, dentre outra coisas!
Abraço
Por
Edison Yamazaki
em 22 de Agosto de 2012 às 05:10.
Ramon,
Não há nada que substitua um bom professor de Educação Física. Os jogos virtuais servem apenas para dar uma variedade nas aulas e treinos. Não dá para substituir completamente uma atividade física em academia por aulas virtuais.
Aqui no Japão são lançados muitos treinos virtuais e a moda agora é uma dança muito agitada. As crianças gostam, mas logo enjoam. Agora, brincar com os amigos e correr nos parques, eles não enjoam. Como escrevi anteriormente, esses jogos são para locais onde o espaço é reduzido ou o clima não ajuda (num dia de chuva, por exemplo).
Para mim, o ideal é mesclar um pouco do real com o virtual e variar constantemente para que manter a motivação em alta. Eu foco nas crianças para criar o hábito. Uma vez infectado com o "virus do esporte", é para toda a vida.
Para bens por pesquisar assunto tão atual.
Por
Ramon da Silva Cerqueira
em 22 de Agosto de 2012 às 10:35.
CONCORDO PLENAMENTE, é isso que eu tentei explicar Edilson, MESCLAR é a palavra certa, o exergame deve ser utilizado como uma "isca" para atrair essa juventude fascinada pelo mundo tecnologico. Muito boa sua colocação!
Obrigado, espero continuarmos nesse debate que só nos enriquece a respeito do tema.
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