Comentários
Por
András Vörös
em 5 de Janeiro de 2013 às 19:04.
Caro Lino:
curiosamente noto coincidência em tuas posições com a frase lapidar: "Verdade que o projeto atual é um pouco melhor do que sua versão inicial"
No vídeo postado sobre o debate entre a Licenciatura e o Bacharelado (contigo e a Celi) vc também se expressou da seguinte forma : "nós construímos o que era possível".
Parecem justificativas a uma capitulação nos ideais. Assim como não há mulher meio grávida, também não temos leis, portarias,resolusões um pouco boas !!!
Eu prefiro como título: Feliz 2013, um Ano que estimula o recomeço !
Por
Lino Castellani Filho
em 6 de Janeiro de 2013 às 15:51.
Prezado András
Antes de tudo, que 2013 lhe sorria!
Só posso atribuir à ressaca das festas desta época do ano o fato de você ter misturado a mensagem que encaminhei para esta lista ("Feliz ano Velho", com a outra só encaminhada à lista onde a reflexão sobre a formação profissional em EF vem se dando (rss)
Assim, para esclarecer aos nossos colegas de lista dos "tocadores", vale dizer que o vídeo a que se refere diz respeito ao tema Licenciatura e Bacharelado e nada tem a ver com o tema do "Feliz ano velho", o qual traz matéria atual sobre o significado da possível aprovação do denominado "Ato Médico", tema esse, por sinal, motivo de interessante debate na FSP deste Sábado passado, na seção "Tendências e Debates".
Em relação à frase por mim formulada, vejo necessidade de colocá-la no contexto em que foi dita. Estava eu me referindo a um quadro político de correlação-de-forças amplamente conservador e, portanto, desfavorável ao campo progressista.
Circunstâncias políticas - que busco explicitar na minha participação no debate gravado em vídeo - nos permitiu papel protagônico (ao lado de outros protagonistas, diga-se) de estabelecer ações voltadas à superação do Parecer 138 - base de sustentação do que seria as novas diretrizes curriculares se nossa intervenção não acontecesse.
O resultado reflete uma compreensão de política em seu sentido Gramsciano, na qual o otimismo da vontade leva em conta o pessimismo da razão, dando vazão ao entendimento de política como espaço de construção de consensos os mais amplos possíveis e não, como querem outros, como espaçao de puro e simples cotejo de projetos...
Nesse contexto, minhas palavras voltam a se apoiar em Gramsci ao explicitar a compreensão que, na luta travada pela hegemonia e levando em conta as relações de poder existentes, nosso lugar era - como ainda é - contra-hegemônico... E com esse entendimento a embasar nossa estratégia de luta política, soubemos avançar para além daquilo que o infeliz parecer 138 anunciava...
Forte Abraço
Lino
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