Pessoal,

A notícia sobre a má administração do Ministério do Esporte saiu ontem. Apenas 13% do orçamento dessa pasta foram investidos em 2010. Alguém sabe dizer o porquê desse despropósito? http://migre.me/37znp

Comentários

Por Rafael Moreno Castellani
em 24 de Dezembro de 2010 às 12:08.

Olá Adriano!

Apesar de não ser a pessoa mais habilitada para responder a sua questão, tenho na familia uma pessoa que certamente poderá responder a sua pergunta com muita propriedade. Meu pai, Lino Castellani, foi no primeiro governo Lula Secretario Nacional do Esporte e em conversas com ele lembro de escuta-lo a respeito desse despropostio a q se refere.

Como disse, pedirei a ele maiores informacoes, mas acredito que esse pequeno aproveitamento da verba se deve ao despreparo e desorganizacao daqueles que requerem a verba. Por falta de documentacao e nao cumprimento de prazos a verba nao pode ser repassada aos interessados.

Logo trarei informacoes mais precisas (e talvez mais corretas).

Um Abraco

Por Vitor Daniel Tessutti
em 28 de Dezembro de 2010 às 14:17.

Acredito que grande parte deste problema seja na alocação de pessoas despreparadas para exercerem cargos publicos. Será que ninguém do próprio ministério percebe que o tempo está passando e que nada foi feito de útil ?

O eterno cabide de empregos que se tem no fucionalismo publico ao iniciar a escolha dos cabeças por questões políticas, perpetuará a escolha dos cargos à seguir por afinidade ideológica e de conveniência, dificilmente por competência gerencial.

E será que esta questão irá mudar para o novo governo em 2011? Dúvido.

Por Adriano Pires de Campos
em 29 de Dezembro de 2010 às 13:22.

Pessoal,

Concordo plenamente quando afirmam que há um grau de despreparo dos responsáveis pelas políticas públicas de esporte em nosso país. E fato que indicações políticas não costumam seguir critérios técnicos, como seria de se esperar. Nesse sentido, duvido que alguém formado em Direito (caso do ministro Orlando Silva) tenha conhecimento suficiente para opinar sobre o destino do esporte de alto nível, da atividade física voltada à saúde, à educação ou sobre políticas de lazer. Imaginem o cenário contrário, ou seja, se alguém formado em Educação Física assumisse o Ministério da Justiça! Por maior que fosse a habilidade política dessa pessoa, trapalhadas ocorreriam pela falta de aporte teórico e prático nesse meio.

O cevnauta, Roberto Pimentel, ilustrou bem a situação que vivemos, quando narrou a cena de funcionários do Ministério do Esporte colhendo sugestões junto aos "técnicos" do COB. Lógico que opiniões são sempre bem vindas, mas isso parece estar longe de ser um planejamento integrado com outras dimensões do esporte e da atividade física. Da mesma forma, ter um ministro que se aconselha com o presidente do COB, apesar de não ser um crime, é algo que deixa muito a desejar quando visualizamos as inúmeras possibilidades de intervenção social em nossa área. Como bem disse o Aldemir, estão tocando o rabo do elefante e achando que conhecem o animal inteiro.

Sugiro que nosso debate se estenda até sabermos, de fato, qual foi o problema com o orçamento de 2010. Agradeço se Lino e Rafael Castellani ou demais integrantes do CEV nos trouxerem outras informações sobre isso. 

Abraços,

Adriano

Por Eduardo Augusto Carreiro
em 8 de Janeiro de 2011 às 18:34.

Adriano e demais amigos,

Tenho me debruçado um pouco sobre o assunto nos últimos anos. Sem dúvida existe despreparo dos proponentes (organizações que enviam projetos) e também do ministério, que apesar do esforço, com a organização de eventos sobre o tema, necessita de mais pessoas especializadas.

Outro ponto importante e a dificuldade de ter uma empresa que patrocine o projeto. Muitas vezes as empresas, de forma errônea, acham que serão mais fiscalizadas, ou cairão na "malha fina" com mais facilidade, ou até mesmo não arriscam investir os recursos em projetos, que precisam de infraestrutura para prestação de contas adequadamente, com o risco de pagar o imposto (neste caso "dobrado", pois já investiu no projeto), caso a prestação de contas não ocorra, ou tenha problemas.

Muitos projetos são aprovados, mas não conseguem empresas para patrocinar.

Sem dúvida isso deveria ser uma das preocupações do ministério e nossa também.

Um abraço

Eduardo Carreiro


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