Caros Tocadores,
Conversando agorinha com o Luiz Mochizuqui <http://cev.org.br/qq/mochi> sobre como poderíamos turbinar a Comunidade Biomecânica, falei da minha esperança de que os mestres que tocam as Comunidades (muitos há 17 anos!!!!) fizessem o que o meu orientador FredLitto fez com o blog Rolando na Rede, do Estadão, e ele tem chamado de "Fio de Ariadne". Mas não precisa ser tudo de uma vez como o Litto faz. Acho que cada tópico rende uma nota pra comunidade. Tão ou mais importante do que a informação é o toque dos mestres na aprresentação, comentários ou provocações. Vamos nessa? Laercio
O Fio de Ariadne No. 1
Num dos mais importantes estudos analisando o uso de informação (e por extensão, do conhecimento) por seres humanos, James Glieck observa que “formigas espalham seus feromônios na forma de trilhas de informação química; Teseu desenrolou o fio de Ariadne. Agora as pessoas deixam para trás trilhas de papel” (The Information, 2011). Assim, ele demonstra a conexão entre atividades instintivas realizadas por seres invertebrados, passando pelo registro de uma singular “solução de problema”, no limiar da história humana escrita, e termina observando que nossos contemporâneos fazem intercâmbio de tantas informações que, conscientemente ou não, eles não apenas poluem o ambiente e ainda deixam evidências de seus atos, lícitos ou não.
A mitologia grega relata que, sabendo do risco que Teseu corria quando pretendia entrar no labirinto para encontrar e matar o Minotauro, Ariadne deu-lhe um fio mágico que, desenrolado desde o início de sua missão, permitiria seu regresso. Essa lenda tem sido usada amplamente na ciência e nas humanidades como metáfora de pragmatismo e logística (embora, para um chato como eu, umas pedrinhas pudessem servir igualmente bem para marcar o caminho de volta!), em especial quando os interessados nos aspectos atraentes do uso da tecnologia como parte do processo de aprendizagem provêm dos mais variados domínios do conhecimento, cada qual perseguindo o desenvolvimento do seu paradigma. Pretendo começar, dentro do rótulo Rolando na Rede, uma sub-seção, de realização periódica, denominada O Fio de Ariadne, dedicada à apresentação de informações úteis, como eventos, sites e periódicos que venho descobrindo recentemente, anúncio de pesquisas significantes, bem como o aparecimento de novos e relevantes livros, produtos e serviços, já que a área de EduTec é, em si, multifacetada. Sei que muitas informações de destaque estão em inglês, mas não tenho tempo de traduzir tudo para o português (e sinto-me frustrado por isso). Embora seja consenso geral que programas de tradução automática da atualidade são confiáveis, com credibilidade de cerca de apenas 70% das vezes em que são usados, prefiro não recomendar esse caminho. Além de um bom dicionário (on-line ou papel), é possível fazer lições gratuitas de inglês (www.englishtown.com/), ou um teste da sua competência na língua (www.culturainglesasp.com.br/), ou sugerir que sua instituição adquira um curso on-line para todos os professores e estudantes (www.pearson.com.br). Aqui, em nome da transparência, confesso que sou consultor da Pearson Education para a área de EAD, porque acredito na qualidade das suas publicações e produtos. Então, vamos lá:
Portugal e nós
Desde 2010, o governo de Portugal tem desenvolvido um importante portal ligado ao uso das TICs em suas escolas: www.e-escola.pt. Preciso admitir que tenho ouvido falar muito pouco sobre isso no Brasil, mais ou menos como ocorreu com o Projecto Minerva (informática na educação básica) naquele país, no período 1985 a 1994. Como explicar essa “não-atração” de dois corpos que deveriam se atrair, Brasil e Portugal? Não sei. Mas, há três meses o Banco Mundial publicou um artigo interessante (sim, em inglês) comparando os esforços de Portugal e do Uruguay nessa área de TICS no ensino básico. É bastante informativo sobre abordagens diversificadas baseadas em realidades sociopolíticoas e econômicas diferentes. Vale a pena ler. Talvez nos ajude a entender nossa própria realidade. http://blogs.worldbank.org/edutech/portu…
Novos livros
- Educação On-line. Conceitos, metodologias, ferramentas e aplicações. João Batista Bottentuit Júnior e Clara Pereira Coutinho, orgs. (Curitiba: Editora CRV, 2012; 225p.).
Vinte e cinco autores do Brasil e de Portugal oferecem quatorze capítulos sobre uma variedade de assuntos, como as competências do “E-formador”, Webquests, gestão política, avaliação do estudante, podcasts, jogos e usabilidade, entre outros recursos. Uma das grandes virtudes do volume é a riquíssima bibliografia distribuída entre as referências dos capítulos, citando estudos internacionais dificilmente utilizados na literatura científica brasileira de EAD.
- Educação e Tecnologia na Universidade. Concepções e Práticas. Adriana Azevedo, Fabio Josgrilberg e Francisco Lima, orgs. (São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2012; 199p.). Onze capítulos por dezessete educadores e profissionais de EAD da UMESP, que atualmente tem 12.000 estudantes a distância. Divididos em três eixos básicos (pedagógico, técnico e gerencial), os capítulos oferecem uma visão focalizada nas experiências em EAD da instituição, incluindo questões de acessibilidade, auditoria de polos e autoavaliação institucional ...
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Pra continuar na nota do blog: http://blogs.estadao.com.br/rolando-na-rede/o-fio-de-ariadne-no-1-8-de-agosto-de-2012/
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