Tocador*s,
Bom o exemplo do Alvaro. Como as notas das comunidades caem tb nas listas (já fechadas) para ver se acordamos o povo, colo abaixo a msg da cevdopagem:
From: Alvaro Ribeiro <alvaro@cev.org.br>
Date: 2009/8/5
Subject: [Cevdopagem] EPO E SUBDESENVOLVIMENTO
To: Abordagem interdisciplinar da dopagem <cevdopagem@listas.cev.org.br>
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Pessoal,
Em 1906, um sujeito chamado Carnot descobriu que injetar plasma sanguíneo de coelhos anêmicos em coelhos sadios aumentava consideravelmente a produção de glóbulos vermelhos. Descobre-se a síntese renal desse processo em 1957. Em 1985 o gene dessa molécula foi identificado e clonado, o que permitiu sua fabricação industrial.
Em 1989 os EUA aprovaram o uso da EPO (eritropoietina) para fins terapêuticos. Ao longo do tempo, numa séria brincadeira de design, estica aqui, puxa ali, anexa acolá e pronto. Tem-se uma nova variante. RHuEPO (Recombinant Human Erythropoïetin), NESP (novel erythropoiesis stimulating protein), CERA (Continuous erythropoietin receptor
activator), esta a chamada EPO de terceira geração, sofisticadíssima pros padrões de quando foi desenvolvida pelo La Roche, laboratório suisso, para tratar de anemia, possui efeito retardado. Enfim, há sempre novos produtos sendo desenvolvidos e obviamente este desenvolvimento está sempre ao menos um passo a frente do desenvolvimento de técnicas de detecção. Num paralelo com o ciclismo, o Tour da França deste ano não teve nenhum caso positivo de doping.
Alguém aí acredita ? Claro que não. O presidente da AFLD, agência francesa antidoping, foi categórico ao afirmar antes da competição "haverá novos produtos no Tour" (aliás, a "magreza" de certos ciclistas era espantosa...). Daqui uns 8 anos ou quem sabe menos, pelo sistema de conservação de amostras, seremos informados que alguns competidores de hoje no Atletismo e alhures competiram sob o efeito de produtos de melhora de desempenho (ilegais). Outros, sem acesso à
tecnologia de ponta e à margem das pesquisas de vanguarda dos grandes laboratórios, continuarão utilizando produtos já detectáveis, como o caso deste cinco infelizes atletas brasileiros (segue a notícia abaixo, com as repercussões internacionais [1] e [2]). Isso eu chamo de subdesenvolvimento tecnológico aplicado ao esporte.
Realmente tomam a você e a mim por verdadeiros idiotas, no sentido primeiro da palavra. ("Eles não sabiam que era uma substância proibida")
A notícia e seus ecos no Brasil:
http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,doping-tira-cinco-brasileiros-do-mundial-de-atletismo,413476,0.htm
http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,tecnico-jayme-netto-assume-culpa-por-doping-dos-brasileiros,414057,0.htm
http://oglobo.globo.com/esportes/mat/
2009/08/05/presidente-da-cbat-explica-doping-de-atletas-757116049.asp
e no EXTERIOR
[1] http://www.stuff.co.nz/sport/2722146/Five-Brazilians-fail-doping-tests-ahead-of-worlds
[2] http://www.letelegramme.com/sports/fil-info/athletisme-mondiaux-cinq-athletes-bresiliens-ecartes-de-la-selection-pour-dopage-05-08-2009-497834.php
Abs, Alvaro
http://alvaroribeiro.net
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