Qualidade na Educação

Nunca se pensou no País na hipótese de dar aos alunos garantia de qualidade dos serviços educacionais pelos quais pagam. Nas duas últimas décadas nosso sistema educacional ampliou o seu atendimento, mas pouco evoluiu do ponto de vista qualitativo. Continua produzindo alunos despreparados, que em todos os testes internacionais sempre colocam o Brasil nas últimas colocações. A mídia registrou recentemente que “441 professores que têm apenas o ensino fundamental dão aula para alunos do ensino médio”.

A retórica oficial é em favor do ensino de melhor qualidade. Novos programas, projetos, atividades, medidas... Ação inócua, sem consequências práticas... Mas seria diferente caso os estudantes formados recebessem garantia de qualidade (incluída a garantia de durabilidade) dos conhecimentos e habilidades que teoricamente deveriam dominar.

Roberto Pimentel

Comentários

Por Roberto Affonso Pimentel
em 24 de Setembro de 2009 às 18:12.

A difícil tarefa de educar

Instrução individualizada, aprendizagem cooperativa e a formação de hábitos.

 

Espera-se que os professores sejam capazes de diagnosticar as necessidades de cada aprendiz e saber como atendê-las depois de descobertas. Como fazer isto quando se tem turmas de 30 ou 40 alunos? O material é escasso, ganha-se pouco e tantas outras desculpas.

A aquisição de conhecimento suficiente, não só do desenvolvimento infantil, mas também da “psicologia do assunto”, acarreta exigências extraordinárias e, em certos casos, impossíveis. A colocação desse conhecimento a serviço de grandes grupos de crianças é uma tarefa formidável.

Este seria um bom motivo para que nossas universidades e seus professores olhassem com acuidade para o ensino pedagógico, possivelmente o mais negligenciado de todos. Enquanto sobrarem "receitas de bolo", estarão todos a copiar. 

Enquanto isto tem professor buscando "como detectar talentos na escola".

Qual seria a missão da universidade, da escola? E a do professor formado nessas universidades? Como a direção pedagógica da escola trata a Educação Física? O que podemos fazer para reverter este quadro?

Roberto Pimentel 

Por Maico Regis Silva
em 29 de Outubro de 2009 às 02:06.

professor roberto, quais os principais problemas da atualidade que devemos superar atraves de nosasa luta docente para garantir educação de qualidade?

Por Raul Vaz da Silva Neto
em 12 de Janeiro de 2010 às 00:38.

Suas indagações são interessantes. Primeiramente, o perfil do educador físico do professor de eeducação física (ensino fundamental e médio) tem que mudar drasticamente. Ainda tem gente colocando bolas para crianças jogarem e o professor fica assistindo a tudo, sem nenhum implemento didático/pedagógico. Como pode? Não é a toa que somos esculachados nas escolas. Enquanto o professor não ter em mente que ele também é um educador, as coisas podem melhorar mais para a nossa profissão. Não falo aqui de dinheiro/salário, mas de sermos vistos de forma diferente e com responsabilidade social.

Por Roberto Affonso Pimentel
em 12 de Janeiro de 2010 às 15:57.

Maico e Raul,

Ao primeiro, perdão pelo tempo decorrido para responder-lhe. Ao segundo, grato por "despertar-me do sono profundo em que me vi possuído". Todavia, muitas atividades, especialmente a confecção de um blogue, uma netinha muito esperta e outras atividades contribuíram para que me ausentasse do CEV. Tentarei continuar a debater com todos vocês assuntos pertinentes ao ensino - especialmente do voleibol - no endereço http://robertoapimentel.blogspot.com . Estou realizando uma reforma para melhor atender e aprender com suas experiências. Até lá e espero vê-los com muitas indagações e contando suas vivências. Todavia, aqui neste mesmo CEV, encontrarão professores muito mais experientes e gabaritados para esclarecer-lhes dúvidas e indicar-lhes caminhos a serem percorridos para uma melhor educação de seus alunos.

Roberto Pimentel.    


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