Elmano Rodrigues Pinheiro nasceu em Farias Brito, em 31 de agosto de 1949, filho de Enoch Rodrigues, do Crato, fazendeiro, comerciante e pecuarista, e Maria Carmosina Pinheiro Rodrigues, de Assaré, professora.

Fez o curso primário com as professoras Maria Carmelita Leite, Maria Gracildes Ribeiro, Maria Lisieux Costa Araújo e Isaulina Roque.

Aos 8 anos, perdeu o pai, Enoch, que por sua vez fora prefeito de Farias Brito, pelo PSD, e que foi brutalmente assassinado em 16 de fevereiro de 1958, durante uma apresentação de carnaval, a mando dos chefes políticos de Santana do Cariri, o feito consumado pelo pistoleiro Pedro Tenório Cavalcanti, de Duque de Caxias, do Rio de Janeiro, responsável também pelo assassinato do delegado Imparato que andou investigando os crimes praticados pelo famoso Tenório Cavalcanti na Baixada Fluminense e que se dizia imbatível com sua “lurdinha”.

Órfão com sete irmãos, Normando, José Rodrigues, Eliane, Sonia, Marcia e Gutenberg, viu sua mãe casar-se pela segunda vez com Jales Pinheiro, e, com ele, ganhou mais quatro irmãos, Joilson, Jansen, Janson, e Jader.

Começou o curso ginasial no Colégio Diocesano do Crato e concluiu no Ginásio Enoch Rodrigues, nome do seu pai e implantado com a ajuda da comunidade por sua mãe, Maria, que contou com o apoio daquele que mais tarde seria desembargador, José Maria de Melo.

Para tirar o peso de cima de sua mãe, com Normando e Eliane, Elmano foi para a casa da sua tia, irmã de sua mãe, Lourdes, que morava no Cosme Velho e trabalhava na Justiça do Trabalho.

Logo conseguiu o primeiro emprego como faxineiro na agência de propaganda de um cearense, Aroldo Araújo, que foi agência média na década de 60, mas ali conheceu o que chamou de segundo pai, Gianvittori Calvi. Este era desenhista, gravador, pintor, diretor de arte na Agencia, e depois criou sua própria agência, Casa do Desenho, na Tijuca. Gian Calvi, como era mais conhecido, ensinou toda a arte da produção gráfica que Elmano captou e, com isso, ganhou projeção no mercado publicitário carioca, indo trabalhar na Grant Publicidade, com Thomas Burnett, que detinha a conta da Souza Cruz. Depois, foi trabalhar na JMM, João Moacir de Medeiros, detentora da conta do Banco Nacional; e na JE, de Jorge Eduardo e Alvaro Pires, que mais tarde se fundiu com a Krastup Publicidade.

Já mais bem encaminhado, concluiu o curso colegial no colégio Antônio Prado Júnior, na Tijuca, e fez vestibular para a Faculdade de Comunicação Hélio Alonso, a FACHA.

Em 1979, veio para Brasília, a convite de Guilherme de La Penha, secretário do Ensino Superior, do MEC, que desembarcou com o ministro Eduardo Portela.

Passou pelo Conselho Editorial do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), em 1981, concluiu o curso Superior no CEUB e foi trabalhar na Editora da Universidade de Brasília, onde ficou por 32 anos, como produtor gráfico, contribuindo para consolidar o prestígio da Editora pela qualidade de suas publicações. Mesmo depois de aposentado, continuou nas mesmas funções na UnB.

Em 1998, Elmano lançou-se em novo desafio de vida – disseminar bibliotecas e distribuir livros pelo Brasil. Distribuiu pelo País mais de 1 milhão de livros para mais de 200 bibliotecas, das quais para umas 50 do Ceará. Criou o projeto Padarias Espirituais, uma Fundação que levava o nome do seu pai, Enoch Rodrigues, e um lema “A cidadania através da leitura”. Sem pedir dinheiro a ninguém, mas só livros e transporte, Elmano batia à porta de quem tinha livros e os redistribuia pelas bibliotecas do Nordeste. Muitas carretas deixaram Brasília naquele rumo, algumas fretadas pelas próprias prefeituras que mandam pegar os livros onde Elmano os encaixotava.

Foi responsável pela elaboração do primeiro logotipo do Conselho Federal de Educação Física e do Centro Esportivo Virtual.

Faleceu em 02 de julho de 2021, em Brasília/DF, em razão de sequelas causadas pela COVID-19.

(Edição Elmano Filho)

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