A alma encantadora dos lugares: uma abordagem da política cultural “Pontos de cultura” em dois bairros de Belo Horizonte/MG

Por Agustín Arosteguy (Autor).

Parte de Lazer e territorialidades: tessituras sociais, culturais e políticas . páginas 17 - 42

Resumo

O presente capítulo debruça-se sobre a política cultural pública Pontos de Cultura/Cultura Viva ao analisar duas associações socioculturais atuantes em dois bairros da cidade de Belo Horizonte/MG. Através dessa análise, buscou-se compreender de que maneira as experiências de lazer desenvolvidas pelas duas instituições eram apropriadas pelas pessoas que nelas trabalhavam (funcionários, educadores e participantes das propostas) e o modo pelo qual instigavam o estabelecimento de vínculos afetivos com o território em termos de identificação, representatividade e pertencimento. É importante mencionar que, na atualidade, tanto a política cultural pública quanto o programa do qual ela fazia parte, foram extintos. Inciaram-se, ambos, em 2004 e estevirem em vigência até junho de 2016 quando, após o impeachment de Dilma Rousseff e a posse do vice-presidente, Michel Temer, a política ficou sem apoio governamental. Assim, um conjunto de políticas foram descontinuadas ou, simplesmente, deixadas fora do projeto político. Neste sentido, os doze anos ininterruptos desta política serão abordados neste capítulo com intuito de descrever suas características, pontuar alguns aspectos relevantes das associações alvo do programa e apresentar os resultados advindos da aplicação da metodologia.