Resumo

Arca de Noé tem sido investigada pela ciência, pois suscita um desabrochar de conhecimento significativo em termos de autoria daquele, ou daqueles que puderem provar sua existência (CING, 2010). Para a religiosidade ela é apresentada como símbolo da existência de Deus, uma metáfora para a salvação. Para Mineiro e Steger (2004) a metáfora da Arca na qual Noé carrega animais trás em si uma projeção da experiência humana adquirida em terra com animais, os quais serviam de sustentação para a travessia dos difíceis dias naqueles tempos. Os animais da Arca permaneceram presentes nas embarcações que sucederam a época pré Cristiana. Tanto que muitos instrumentos de navegação receberam nomes de animais nas naus Colombianas e alguns continuam ainda hoje, como: aranha, cabrita, burro, papagaio, lebre, entre outros. Os animais foram metáforas para que as pessoas encontrassem a salvação de seus corpos e almas, tanto que foi justamente uma ave que retornou com um sinal de terra. A pergunta que resta fazer é qual a relação possível entre a Arca e a Aventura na contemporaneidade? Fernandes e Freitas (2006) apontam que a arte de navegar é milenar e que os egípcios já velejavam há 4000 anos. Embarcando nessa aventura, percebe-se que debruçar-se sobre a construção de um barco para nos salvar das enchentes, tsunamis e alagamentos, ou para nos conduzir rumo ao desenvolvimento, riquezas ou medalhas é tarefa pouco conhecida da maioria das pessoas nos dias de hoje. Ao mesmo tempo, estar atento para perceber que nossa memória pouco nos orienta em terrenos desconhecidos, nos leva a refletir sobre como os conhecimentos interdisciplinares da engenharia, matemática, física, educação, educação física, turismo entre outros, pouco se tocam no que se refere à formação acadêmica em nível superior, e, na formação de educandos na escola básica. Saberes talvez necessários ao bem viver e a qualidade de vida que com o advento da tecnologia e do conforto em terra firme foram deixados de lado.

Acessar