Integra

INTRODUÇÃO:

A brincadeira é de grande importância para o desenvolvimento da criança nas suas três dimensões básicas: cognitiva, sócio-afetiva e psicomotora. Segundo Harres (2003), a criança por meio da brincadeira, desenvolve a sua imaginação, a sua criatividade, usufrui sua liberdade de escolha, demonstra seus sentimentos e faz descobertas sobre a sua realidade. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998) afirma que essas instituições devem proporcionar para as crianças um ambiente onde elas se sintam seguras e acolhidas. Além disso, esse documento mostra que quanto mais rico e desafiador for esse ambiente, mais os conhecimentos sobre si próprias e sobre o meio em que as rodeiam, serão ampliados. Porém, o trabalho com o movimento, não é muito comum em creches e pré-escolas, pois essas práticas educativas são vistas, muitas vezes, como desordem ou indisciplina. Isso acaba fazendo com que as crianças tenham rígidas restrições posturais como por exemplo: andar em fila, ficar sentada sem se mexer, limitar seus gestos durante a realização de atividades mais sistematizadas, etc. Portanto, a presente pesquisa tem como objetivos elencar os tipos de brincadeiras propostas por uma professora de Educação Infantil da cidade de Barretos e observar as brincadeiras que são desenvolvidas pelas crianças em seu momento livre.

METODOLOGIA:

A presente pesquisa é de natureza qualitativa e o instrumento metodológico utilizado foi a observação simples. Os participantes da pesquisa foram 18 crianças em idade pré-escolar e a professora polivalente dessa turma. A coleta de dados foi realizada durante uma semana, no período da manhã, numa escola pública municipal, localizada na cidade de Barretos (SP).


 RESULTADOS:

A partir dos dados coletados, notamos que a professora da sala desenvolveu brincadeiras diversificadas com as crianças, variando os materiais e a sua forma de execução. Porém, em certos momentos, ela não soube lidar com a monotonia de determinadas brincadeiras e isso fez com que as crianças perdessem o interesse pela atividade. Durante o ato de brincar, a criança não se preocupa com os resultados, é o prazer e a motivação que a impulsiona para a ação e a exploração. Portanto, a professora poderia ter modificado essas brincadeiras, colocando outros objetivos e/ou estimulando a imaginação das crianças tornando-as novamente interessantes e divertidas.

No caso das atividades lúdicas desenvolvidas pelas crianças nos momentos livres percebemos que as brincadeiras de faz-de-conta são predominantes no dia-a-dia das crianças pequenas. Elas brincavam de professora, casinha, mamãe e filhinha, polícia e ladrão, imitavam personagens de desenhos animados, etc. Esse tipo de brincadeira é muito importante nessa fase de desenvolvimento infantil, pois ao imitar, imaginar, representar papéis, a criança está enriquecendo a sua identidade, está experimentando outras formas de ser e pensar e está elaborando várias formas de sentimentos.


CONCLUSÕES:

Com base na revisão de literatura verificamos que a brincadeira é uma atividade importante para o desenvolvimento integral da criança.

Além disso, por meio da coleta de dados, vimos que a professora participante da pesquisa desenvolveu diversas brincadeiras com seus alunos mas, nem sempre, essas atividades estavam de acordo com as reais necessidades das crianças. Portanto, acreditamos que os profissionais envolvidos com a Educação Infantil necessitam refletir um pouco mais sobre esse assunto, para que toda a criança possa exercer o seu direito de brincar de forma prazerosa, lúdica e enriquecedora.