Resumo

Esta dissertação trata de aproximar a ideia da complexidade do animal humano no mundo (natural) com a educação física escolar. O referencial perpassa por diversas camadas, desde a questão antropocêntrica, as falácias do capitalismo, as questões de uma educação ambiental pouco dialógica na formação inicial de professores(as) de educação física e, consequentemente, na educação física escolar, além de uma busca na Educação Física Crítica, na tentativa de encontrar aproximações com a complexidade do animal humano no mundo (natural). Essas implicações levaram a questionamentos acerca da relação do animal humano consigo, com os(as) outros(as) e com o mundo (natural). Para compreender tais implicações, foi realizada uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório e (auto)biográfico. Como metodologia, optou-se por utilizar narrativas (auto)biográficas realizadas pela própria professora-pesquisadora, analisando questões intrínsecas sobre suas relações consigo, com os(as) outros(as) e com o mundo (natural) nos contexto pessoal, acadêmico e profissional. Foram realizadas duas narrativas, a primeira com o objetivo de resgatar os saberes da autora acerca da complexidade do animal humano no mundo (natural), associando-os aos contextos; e a segunda, realizada para narrar sobre as relações e os contextos que não foram contempladas na primeira narrativa. Como forma de visualizar os principais elementos que constituíram para a escrita, foi construída uma árvore dos saberes da Educação Física Crítica Ambiental, sendo estes elementos os galhos desta grande árvore. Por fim, esta dissertação traz a construção de um saber ecológico, que possui diversas limitações, entretanto, foi por intermédio das limitações que tal saber foi se constituindo e possibilitou contribuir com Educação Física, que busca transcender as raízes de uma EF pautada na fragmentação de corpos e conhecimento.

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