A configuração do lazer nas condições de tempo não laboral
Por Alisson Slider do Nascimento de Paula (Autor).
Em Lecturas: Educación Física y Deportes v. 30, n 324, 2025.
Resumo
Este estudo busca refletir sobre a lógica do lazer no contexto da sociabilidade do capital e suas repercussões no ser social. Entende-se que o lazer, situado no contexto das relações humanas subjugadas pelo sistema produtor de mercadorias, apresenta um caráter injusto e alienado. A pesquisa apresenta uma abordagem bibliográfica qualitativa, além de se fundamentar no paradigma epistemológico crítico-dialético. O desenvolvimento do lazer na perspectiva da esfera da liberdade é inconcebível dentro dos moldes do atual modo de produção e reprodução da vida. Além disso, ao entender o tempo de lazer como tempo não laboral, ele pode ser absorvido pela lógica da expansão de mercadorias, inerente ao sistema metabólico do capital. Dentro do sociometabolismo do capital, o lazer se configura como um nicho de mercado crucial para a extração de lucros pelos setores empresariais.
Referências
Antunes, R. (2012). Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. Editorial Boitempo.
Cañada, E. e Izcara, C. (2021). Insegurança no emprego e habitação turística. Alertas para uma recuperação pós-pandemia. Editorial Alba Sud, Relatórios Contrastantes, 16. https://www.albasud.org/publicacion/es/101/precariedade-laboral-e-habitacao-para-o-uso-turistico-alertas-para-uma-reativacao-pos-pandemia
Cândido, FP, e Jinkings, N. (2010). Reestruturação produtiva e pesquisa de laser como mercado. Motrivivência, 35, 79-98. https://doi.org/10.5007/2175-8042.2010v22n35p79
Carneiro, ESF e Soares Junior, AA (2011). Políticas públicas de lazer: uma análise da realidade da cidade de Goiânia. In: VII Congresso Goiano de Ciência do Esporte. http://congressos.cbce.org.br/index.php/7congoce/VII/paper/download/3888/1293
Castellani Filho, L. (2013). Educação, esporte e laser: reflexões que não são nada aleatórias. Editora Associated Authors.
Freitas, FM de C. (1999). O atirador livre. UFES, Centro de Educação Física e Esportiva.
Harvey, D. (2001). Condição Pós-Moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Edições Loyola.
Iasi, ML (2007). Ensaios sobre consciência e emancipação. Editora Expressão Popular.
Marcellino, Carolina do Norte (1987). Lazer e Educação. Papirus Editora.
Marcellino, Carolina do Norte (1995). Lazer e humanização. Papirus Editora.
Marcellino, NC, Sampaio, TMV, Capi, AHC, e Silva, DAM da (2007). Políticas públicas de lazer – formação e desenvolvimento de pessoas: os casos de Campinas e Piracicaba-SP. OPUS Print Editora. https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/128012
Marx, K. (2012). A capital. Editora Boitempo.
Marx, K., e Engels, F. (2007). A ideologia alemã. Editora Expressão Popular.
Padilha, V. (2000). Tempo livre e capitalismo: um par imperfeito. Editora Alínea.
Sáb, KO de (2003). Lazer, trabalho e educação: pressupostos ontológicos dos estudos de lazer no Brasil. Universidade Federal da Bahia.
Sequera, J., e Gil, J. (2023). Transformação urbana e capitalismo de plataforma. Empiria: Revista de Metodologia das Ciências Sociais, 59. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=9066433
Silva, JR, e Luduvice, PVSS (2012). Lazer e as contradições sócio-históricas do mundo do trabalho. Motrivivência, 38, 270-278. https://doi.org/10.5007/2175-8042.2012v24n38p270