Resumo

Este estudo procura analisar possíveis contribuições que a discussão filosófica sobre experiência traz para se pensar o ensino das práticas corporais na escola. Para isso, o texto recorre às análises sobre a (re)configuração da categoria experiência na modernidade e defende, no âmbito da Educação Física, que se pense a experiência a partir de um viés enriquecedor: menos centralizado em um ensino fechado/instrumental e mais preocupado com um ensino das práticas corporais de maneira aberta/inesperada. Nesse sentido, o estudo sugere que a tríade práticas corporais/experiência/Educação Física pode enriquecer as experiências corporais, dando um novo sentido à aprendizagem.

Referências

AGAMBEN, G. Infância e História: destruição da experiência e origem da história. Editora UFMG, Belo Horizonte, 2005.

ALMEIDA, L. de; FENSTERSEIFER, P. E. O lugar da experiência no âmbito da Educação Física. Movimento, Porto Alegre, v. 17, n. 4, out./dez. p. 247-263. 2011.

BENJAMIN, V. Magia, Técnica, Arte e Política. Traduzido por Paulo Sérgio Roaunet. São Paulo: Brasiliense, 1986.

_______, W. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo, Summus, 1984.

BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. São Paulo: Revista Brasileira de Educação, n. 19, 2002, p. 20-169.

CALOU, Â. L.; MARCIEL, M. M. A. Modernidade e experiência em “sobre alguns temas em Baudelaire” de Walter Benjamin. Perspectiva Filosófica, vol. 44, n. 1, 2017.

CASTELLANI FILHO, Lino. Política Educacional e Educação Física. Campinas: Autores Associados, 1998.

DIEHL, Vera Regina Oliveira; WITTIZORECKI, Elisandro Schultz; NETO, Vicente Molina. Estado do Conhecimento: a categoria experiência no âmbito da Educação Física. Goiânia: Pensar a Prática, v. 20, n. 1, mar. 2017. ISSN 1980-6183. Disponível em: . Acesso em: 13 nov. 2019. doi:https://doi.org/10.5216/rpp.v20i1.40663.

FABRI, Eliane; ROSSI, Fernanda; FERREIRA Lilian A. Episódios marcantes das aulas de educação física: valorizando as experiências dos alunos por meio de narrativas. Movimento, v. 22, n. 2, p. 583-596, 2016.

FENSTERSEIFER, P. E. Linguagem, hermenêutica e atividade epistemológica na Educação Física. Movimento, Porto Alegre, v. 15, n. 04, p. 243-256, 2009.

FIGUEIREDO, Zenólia Cristina. Formação docente em educação física: experiências sociais e relação com o saber. Movimento, Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 89-111. jan./abr. 2004.

GONZÁLEZ, F. J.; FENSTERSEIFER, P. E. Entre o “não mais” e o “ainda não”: pensando saídas do não lugar da educação física escolar II. Cadernos de Formação RBCE. p. 10-21, mar. 2010.

KUNZ, Elenor. Práticas Didáticas para um “Conhecimento de Si” de crianças e jovens na Educação Física. In:_______. Didática da Educação Física. 4° ed. Unijuí, 2012.

_______. Se-movimentar. In: GONZÁLEZ, F. J.; FENSTERSEIFER, P. E. (Orgs.). Dicionário crítico de educação física. Ijuí: Editora Unijuí, 2005.

LAZZAROTTI FILHO, A. et al. O termo “práticas corporais” na literatura científica brasileira e sua repercussão no campo da educação física. Movimento, v. 16, n. 1, jun., 2009.

SILVA, A. M et al. Corpo e experiência: para pensar as práticas corporais. In: FALCÃO, J. L.; SARAIVA. M. C. (Orgs). Práticas corporais no contexto contemporâneo: (in)tensas experiências. Florianópolis, SC: Copiart, 2009.

SOUZA JÚNIOR, Marcílio. Currículo e saberes escolares: ambiguidades, dúvidas e conflitos. Pro-Posições, [S.l.], v. 22, n. 1, p. 183-196, fev. 2016. ISSN 1982-6248. Disponível em: . Acesso em: 13 nov. 2019.

Acessar