Resumo
30/07/2020 Em 2015, um grupo de professores e pesquisadores foi indicado pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e pela União dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime) para trabalhar na criação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O objetivo era a construção de um documento que pudesse ser tomado como eixo norteador para a elaboração de propostas pedagógicas e curriculares, estabelecendo diretrizes comuns a todos os estudantes da educação básica brasileira. Ainda que a decisão não tenha sido unânime, em dezembro de 2017, a terceira e última versão da BNCC foi aprovada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Com o intuito de apresentar o documento e implementá-lo por meio da elaboração de novos currículos, os Estados e municípios deram início às Formações de seus professores. Na Rede Municipal de Anchieta - ES, no início de 2018, convocados pela Secretaria Municipal de Educação de Anchieta (Seme), teve início o processo de formação continuada com o objetivo de estudar a BNCC. Esse processo de formação e implementação da BNCC produziu formas bastante variadas de interpretação e tradução desse documento por parte dos professores da Rede. Como docente da Escola Municipal Amarilis Fernandes Garcia, surgiu o interesse em analisar como a BNCC tem sido recebida e interpretada por colegas de área e de escola. Como se trata de um Mestrado Profissional, mais do que escrever uma dissertação, o que importa são os efeitos desse processo na prática docente. Foi proposto a essas professoras que, junto a esta pesquisadora, compusessem a equipe de EF dessa escola, a realização de encontros para estudo e discussão da BNCC. O objetivo principal da pesquisa foi compreender o modo como nós, professoras de EF da Escola Municipal Amarilis Fernandes Garcia entendíamos a BNCC no momento de sua implementação, via Secretaria Municipal e, fundamentalmente, analisar como essas interpretações (traduções) do documento se modificaram ao longo de nosso processo de estudos conjuntos. É nossa responsabilidade, como ser humano e como professoras, adequar os nossos currículos de modo que eles sejam capazes de garantir conhecimentos que superem o senso comum e emancipem seus sujeitos para a transformação da realidade.