A Educação Para as Relações étnico-raciais (erer) e as Proposições Teórico-metodológicas da Educação Física Escolar: Reflexões Entre Licenciandos/as

Por Barbosa, Luziangela de Carvalho (Autor), Laura Melo de Oliveira (Autor), Lucas Luan de Brito Cordeiro (Autor), Vanessa Maria Ferreira Luduvino Xavier (Autor), Sérgio Renato Bezerra Filho (Autor), Cyntia Emanuelle Souza Lima (Autor), Iury Crislano de Castro Silva (Autor),

Parte de EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: MÚLTIPLOS OLHARES . páginas 11 - 23

Resumo

Objetivo: Esta pesquisa faz parte de um projeto mais amplo, vinculado à iniciação científica e à residência pedagógica, tendo como objetivo analisar a fundamentação teórico-metodológica da educação física escolar em relação à Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER). Métodos: A pesquisa teve início a partir de uma ação afirmativa que incentiva estudantes negros/as e indígenas dos cursos de graduação em educação física a participarem de eventos científicos promovidos pelo Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE). Realizamos um levantamento bibliográfico qualitativo na plataforma Lattes do CNPq. Buscamos nos currículos de cada um/a dos/as seis proponentes da abordagem crítico-superadora os seus trabalhos autorais, em co-autoria, orientação e/ou participação em bancas ligadas à ERER. Utilizamos os descritores raça, étnico/a, negro/a, racial e negritude. Resultados: Identificamos que essa abordagem explicita como problemáticas urgentes da sociedade brasileira implicam na educação física escolar, sendo que nenhum/a de seus/as proponentes é negro/a. Contudo, a temática da ERER é problematizada explicitamente apenas na produção acadêmica de uma proponente, Celi Nelza Zülke Taffarel, que é membra da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN). Localizamos sete trabalhos da autora. Compreendemos que a educação física brasileira tem muitas influências europeias, constituindo-se a partir de referenciais teóricos que enfatizam o capital cultural da branquitude, destarte produzindo exclusões. Há autores/as negros/as na área – como Hudson Ventura Teixeira, falecido neste ano – que têm sido invisibilizados/as ao longo do processo histórico. Conclusão: Por um lado, concluímos que não há uma preocupação por parte da maioria dos/as autores/as em construir abordagens que possibilitem o protagonismo da cultura negra. Por outro lado, ressaltamos uma única autora que se propõe a dialogar com a ERER, colaborando com autores/as negros/as na construção das produções científicas.

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