A Influência da Fadiga Neuromuscular e da Acidose Metabólica Sobre a Corrida de 400 Metros
Por Flávio Roberto Pelicer (Autor), Wonder Passoni Higino (Autor), Ricardo Yoshio Horita (Autor), Franco Carlos Meira (Autor), Alexandre Policher Alves (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 17, n 2, 2011. Da página 127 a 131
Resumo
Exercícios inabituais podem levar a danos musculares que persistem por alguns dias diminuindo a capacidade de desempenho em decorrência da fadiga. Além disso, o aumento da acidose intramuscular pode limitar o metabolismo celular no processo de gerar trabalho. Com isso, esta pesquisa teve como finalidade analisar a influência da fadiga neuromuscular e da acidose metabólica sobre a corrida de 400 metros. Foram selecionados 20 indivíduos, sedentários, com idade entre 18 e 35 anos. Estes foram submetidos aos seguintes protocolos: teste incremental em esteira, para determinação do O2max; limiares aeróbio e anaeróbio, teste de 400m (400/C), atividade pliométrica, com repouso ativo/passivo, seguida de corrida de 400m logo após (400/Pós) e 24 horas após a atividade pliométrica (400/24h). Os resultados obtidos mostram que, quando comparados os grupos ativo e passivo, não apresentaram diferenças significantes no desempenho dos 400/ Pós, mas o tempo deste foi maior, para os dois grupos quando comparado com os 400/C. No entanto, o 400/24h não foi significantemente diferente quando comparado com o 400/C para ambos os grupos. Concluise que, independente do tipo de recuperação - ativa ou passiva -, a diminuição de desempenho em uma corrida de 400 metros após atividade pliométrica parece ser ocasionada por mecanismos neuromusculares que levam à fadiga e não a limitações metabólicas.