Resumo

A capacidade de realizar tarefas duplas é altamente vantajosa e um pré-requisito para uma vida funcionalmente eficiente. Pacientes com DP, ao realizar tarefa cognitiva e andar, simultaneamente, revelam falta de automaticidade e alterações no padrão de andar. A tarefa cognitiva normalmente empregada requer contagem regressiva ou nomeação de objetos, que apresenta um componente motor, o falar. Poucos estudos verificaram o desempenho na tarefa secundária e empregaram tarefa cognitiva sem componente motor. Neste contexto, a principal questão que norteou este estudo foi: como indivíduos neurologicamente sadios e pacientes com DP idiopática modificam as características espaciais e temporais do andar frente à tarefa dupla com diferentes exigências? Assim, os objetivos do presente estudo foram: a) identificar as alterações comportamentais que ocorrem no andar de indivíduos com DP perante situações de tarefa dupla (motora, cognitiva e motora-cognitiva); b) comparar o comportamento locomotor e o desempenho na tarefa secundária entre pacientes com DP e indivíduos neurologicamente sadios. Participaram deste estudo 30 indivíduos com DP idiopática classificados entre os Estágios 1 e 2,5 da escala de Hoehn & Yahr e 24 indivíduos neurologicamente sadios, grupo controle (GC). Cada participante foi convidado a percorrer andando rápido uma distância de 8 metros, nas seguintes condições experimentais: a) controle = apenas andar; b) andar e carregar uma bandeja; c) andar, carregar a bandeja e equilibrar uma bola de golfe; d) andar, carregar a bandeja e realizar a quinta parte do teste de Stroop; e e) andar, carregar a bandeja equilibrando a bola de golfe e realizar a quinta parte do teste de Stroop. Cinco tentativas por condição, totalmente randomizadas, foram realizadas.

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