Integra

FALANDO DA EDUCAÇÃO

A inquietação por delinear este tema talvez seja pela falta de o eu apresentar ao aluno na aula de educação física escolar, muitos educadores deixam suas aulas caírem na rotina, repetição e lhes falta atividades, recreativas, pré-desportivas e sócio-afetivas para que o aluno desenvolva suas habilidades e suas destrezas.

Abordando a educação de forma global onde se vê na escola objetivos da concepção tradicional de Educação, aonde o aluno chega á escola com a ‘cabeça vazia’, cabendo à escola colocar-lhe um conjunto de conhecimentos, fatos e habilidades intelectuais, testando periodicamente a aquisição destes conhecimentos através de provas e exames.

O Conceito de educação é um conceito difícil de definir, tendo sofrido alterações ao longo dos tempos. Na antiguidade os fatos eram transmitidos pela sua demonstração, cativando deste modo à atenção dos álunos’. Mas com a evolução e a necessidade de informação, e também de pessoas sedentas de informação, não se soube encontrar um método de ensino capaz de transmitir os fatos com um componente prático, chegando-se ao atual estado de ensino teórico e rígido.

Na concepção tradicional de educação, o aluno chega á escola com a ‘cabeça vazia’, cabendo à escola colocar-lhe um conjunto de conhecimentos, fatos e habilidades intelectuais, testando periodicamente a aquisição destes conhecimentos através de provas e exames.

As habilidades intelectuais mais valorizadas são a lingüística (capacidade de ler, compreender e escrever textos) e a lógica-matemática (capacidade de processar informação quantitativa). Deste modo, o aluno atravessa um percurso, em que etapa após etapa, de forma previamente estabelecido lhe são despejados conhecimentos que tem de assimilar com o objetivo de passar para a próxima fase.

Deste modo, o conjunto de fatos que lhes eram transmitidos não era sinônimo de conhecimento adquirido, porque basicamente este método apenas incentivava a memorização dos conteúdos e não as capacidades cognitivas tais como a interpretação, julgamento e decisão dos conteúdos, ignorando os estilos individuais de aprendizagem de cada aluno.

A educação tradicional busca a idéia de ‘moldar’ os alunos para o mundo que os espera, usando técnicas semelhantes a uma linha de montagem (salas de aulas isoladas e limitadas em recursos; mesas e cadeiras alinhadas em filas), onde o professor desempenha a função de dono e empregador principal do conhecimento; e a apresentação da informação limitada aos livros-texto e do quadro negro de forma linear e seqüencial.

Neste modelo de educação, há poucas oportunidades para a simulação de eventos naturais ou imaginários, tanto para aumentar a compreensão de conceitos complexos como para estimular a imaginação. Outro grande, inconveniente deste modelo, é o fato de haver uma grande divisão do conhecimento (matemática, geografia, história, física,...) não havendo a possibilidade de ver os possíveis inter-relacionamentos entre eles.

O conceito anterior tornou-se incapaz de lidar com as constantes mudanças que a sociedade se depara. O aumento do volume de informação disponível ao cidadão comum, e em especial aos profissionais que têm como parte do seu trabalho diário a tarefa de tomar decisões; a dificuldade em lidar com sistemas com maior ou menor grau de integração e necessidade de fazer relacionamentos entre novos campos do conhecimento antes isolados; o estabelecimento de novos padrões de comportamento social; a migração do trabalho regular para o trabalho em casa; a constante formação e reciclagem dos profissionais; a internacionalização do conhecimento;

Por diversos motivos, a escola deve ser um espaço privilegiado, rico em recursos que promova a aprendizagem, num ambiente onde os alunos possam construir os seus conhecimentos segundo os estilos individuais de aprendizagem que os caracteriza. Utilizando para o efeito sistemas interativos com apoio tecnológico, onde a motivação para a aprendizagem surge no aluno, cabendo apenas ao professor e à escola dotá-lo de capacidades que permitam no seu futuro cidadão aprender qualquer assunto que lhe interesse. Nesta filosofia de educação, o professor deixaria de ser um ‘passador’ de conhecimento, mas sim um guia, um conselheiro, um parceiro do aluno na procura da informação e da verdade, tornando assim mais ativo o papel do aluno na educação.

QUAL A VISÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA PELA NOSSA SOCIEDADE

É notório e podemos descrever que a educação física escolar é na maioria das vezes vista como uma disciplina prática, sem conteúdo, sem obrigatoriedade, sem valor, sem necessidade, entretenimento, lazer, descanso entre outros comentários gerados por outros professores ou pelos próprios alunos que não vêm uma objetividade na referida disciplina.

A aula de educação física no âmbito escolar, estabelecidas perante a legislação, não visa à prática desportiva como final do processo, mais um fator integrante ao currículo e componente curricular da educação básica esta constituída pela educação infantil, ensino fundamental e médio conforme a mesma.

"Pela prática de jogos, é possível estabelecer elementos de comparação com o que nossos alunos praticam em seu tempo ocioso." (Carlos Velázquez Callado, 2004. p.81)

RESSALTANDO ALGUNS OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA

A educação física dentro do âmbito escolar não significa trabalhar desporto de alto nível e treinamento desportivo, mas como fator de transformação social aplicar conceitos de saúde e cidadania;

Apresentar não somente o esporte, mas a importância da atividade física;

Buscar conteúdos significantes que façam inter-relação com seu conteúdo real do dia a dia;

Desenvolver e aprimorar, a parte motora, cognitiva, afetiva e sensorial em diversas atividades, buscando o prazer de participar;

Aplicar jogos, danças, lutas, ginástica e o esporte, utilizando dentro do processo ensino aprendizagem.

Promover a autonomia, criatividade, respeito mutuo, responsabilidade e cooperação.

COMO ESSA DENOMINADA DISCIPLINA DEVERIA SER MINISTRADA NO ÂMBITO ESCOLAR

Nesta simplicidade de aplicar as atividades e buscando objetivar de forma significativa a criança deverá desenvolver não os objetivos apresentados mais atitude do dia a dia onde o professor deve buscar em suas aulas desenvolver o máxima de habilidades, práticas e expressão corporal que estejam incluídos dentro dos jogos, da dança e da luta ampliando o seu conhecimento onde o brincar faça parte de um conteúdo significativo.

O pular, saltitar tarefas simples do cotidiano do dia a dia deve ser vivenciado pelos alunos trabalhando os aspectos motores e desenvolvendo sua criatividade na aplicação da atividade física na educação infantil.

Quando a criança corre ela desenvolve a superação, o equilíbrio e a força de explosão alem de coordenar seu corpo como um todo, o estimulo parte também do educador a desenvolver essa habilidade com a criança.

"... O papel do professor é fundamental para desmistificar a idéia de que ser criativo é um dom divino. Ele, o professor, exerce o papel de mediador privilegiado no processo ensino-aprendizagem, no crescimento do seu aluno e no desenvolvimento das suas criatividades.". Diva Maranhão (p. 39)

É notório observamos no dia a dia que as aulas ministradas devem ser orientadas e apresentadas pelo profissional de educação física de forma global com um real objetivo e uma progressão pedagógica, que talvez seja a maior dificuldade do educador em desenvolver seu roteiro de atividades que deve ser composto por atividades, jogos, brincadeiras e até mesmos as atividades pré-desportivas.

Devemos ter a ciência de que nossos objetivos quanto professores de educação física não são somente socializar, integrar e participar, estamos acima destes objetivo simples, estamos inseridos dentro do âmbito escolar na função de educadores e que as vezes para alguns somos rotulados de técnico, devemos mostrar o verdadeiro sentido de ser professores.

"...Na perspectiva da reflexão sobre cultura corporal..., a educação física deve buscar desenvolver a reflexão pedagógica sobre o acervo de formas de representação do mundo que o homem tem produzido no decorrer da história, exteriorizada pela expressão corporal: jogos, danças, lutas, exercícios ginásticos, esportes, malabarismo, contorcionismo, mímica e outros, que podem ser identificados como forma de representação simbólica de realidades vividas pelo homem..." (p.38 - Coletivo de Autores)

"Através do jogo são estabelecidas possibilidades muito variadas para incentivar o desenvolvimento humano em suas diferentes dimensões".(Fábio Otuzi Brutto, 2002. p.16)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por diversos motivos, a escola deve ser um espaço privilegiado, rico em recursos que promova a aprendizagem, num ambiente onde os alunos possam construir os seus conhecimentos segundo os estilos individuais de aprendizagem que os caracteriza.
Utilizando para o efeito sistemas interativos com apoio tecnológico, onde a motivação para a aprendizagem surge no aluno, cabendo apenas ao professor e à escola dotá-lo de capacidades que permitam no seu futuro cidadão aprenderem qualquer assunto que lhe interesse. Nesta filosofia de educação, o professor deixaria de ser um ‘passador’ de conhecimento, mas sim um guia, um conselheiro, um parceiro do aluno na procura da informação e da verdade, tornando assim mais ativo o papel do aluno na educação.

Trabalhar o imaginário, a ludicidade, através do prazer muitas vezes é este preparado para desenvolver a harmonia em um único gesto da infância: o brincar.

Obs. O autor, professor: esp. Mauricio Barbosa de Paula (e-mail: mauriciobp@ig.com.br) leciona na Universo

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

  • Ramos, José Ricardo da Silva. Dinâmicas, brincadeiras e jogos educativos. DP&A, 2003
  • Broto, Fábio Otuzi. Jogos Cooperativos - O jogo e o esporte como um exercício de convivência. Editora projeto cooperação - 2ª edição, 2001
  • Friedmann, Adriana. A arte de brincar - brincadeiras e jogos tradicionais. Editoras vozes.
  • Callado, Carlos Velázquez. Educação para a paz. Projeto cooperação, 2004.
  • Ferreira, Vanja. Educação Física - recreação, jogos e desporto. Editora Sprint
  • Hildebrandt, Reiner. Concepções abertas no ensino da Educação Física. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1986;
  • Taffarel, Celi Nelza. Criatividade nas aulas de Educação Física. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1985 (esses últimos de jogos).