A Produção Científica em Educação Física no Novo Milênio: O Caso do Doutorado da USP
Por Pedro Henrique Zubcich C. de Castro (Autor), Pedro Augusto Sousa de Oliveira (Autor), Sílvia Maria Agatti Lüdorf (Autor).
Em XIV Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Objetivo:
Analisar a produção científica do programa de Pós-Graduação mais tradicional e bem avaliado da Educação Física quanto à abordagem metodológica e temática presentes.
Métodos e resultados:
Foi realizada a seleção dos resumos de teses de doutorado do PPGEF/EEFE/USP, disponíveis no Banco de Teses da CAPES e no site da instituição, defendidas no período compreendido entre 2001 a 2010. Os critérios de análise foram: classificação quanto à abordagem metodológica (empírico-analítica, fenomenológico-hermenêutica ou crítico-dialética) e temática (principais assuntos relacionados à Educação Física). Na década foram defendidas 59 teses de Doutorado. Os resultados mostram que 95% das teses utilizam a abordagem empírico-analítica enquanto que 5% foi classificada como fenomenológico-hermenêutica. A abordagem crítico-dialética não apresenta representatividade nas teses analisadas. As temáticas se dispõem, aproximadamente, desta forma: 39% dos estudos relacionados à fisiologia, 22% à aprendizagem motora, 20% ao esporte, 10% à biomecânica, 3% à saúde e 1.5% respectivamente à história, avaliação e Educação Física Escolar e Inclusão.
Conclusão:
Detectou-se a prevalência da abordagem empírico-analítica e do método nomotético. A abordagem fenomenológico-hermenêutica aparece de forma quase inexpressiva. A abordagem crítico-dialética inexiste. Quanto às temáticas, foi observado um grande domínio da área biomédica da educação física, tendo a fisiologia como maior representante. Consoante estes dados, fica explícita a supremacia de estudos da área biológica nestes 10 anos de produção científica de doutorado em educação física da USP, pouco privilegiando aqueles relacionados às ciências humanas.