Resumo

Introdução: O jogo dentro da sua variedade conceitual é compreendido como uma realidade outra, transcendental, na qual, a esfera temporal do jogo acontece, no entanto, partimos do entendimento do jogo como algo presente no plano das coisas, da vida. Diante dessa questão, olhamos o jogo pelo conceito de suspensão da realidade da vida corrente, como uma esfera presente dentro da realidade suprema, mas, suspensa, que não faz parte da vida corrente, mas, se instaura como uma província finita de significado. Objetivo: Assim, objetivamos discutir o jogo enquanto uma esfera macro, que se institui como uma suspensão da vida corrente, que, também, possui esferas micro, na qual, existem novas suspensões dentro da própria suspensão, ou seja, a instauração de um micro-jogo, dentro de outro jogo - macro-jogo, só que, neste caso, a suspensão não é da vida corrente como acontece no caso do jogo, e, sim, uma suspensão momentânea do macro-jogo para que um novo jogo - micro-jogo, se instaure brevemente. Metodologia: Para essa problematização, desenvolvemos um ensaio, tomando por base autores da filosofia, educação física e artes, que pudessem adensar essa discussão por um viés interdisciplinar, tanto no que diz respeito às províncias finitas de significado, como o próprio jogo. Resultados: Portanto, quando dois ou mais jogadores jogam com o desejo, estes produzem novos agenciamentos, e, outras intensidades de jogo passam a ser instauradas dentro do macro-jogo, havendo, então, a constituição de um novo desafio, uma outra suspensão, uma nova intensidade que toma os jogadores que ela integram. Essa durará na mesma medida que os elementos que a constituem, se qualquer destes cessar, o micro-jogo também cessará, voltando novamente para a intensidade do macrojogo, o que não significa que novos outros micro-jogos deixarão de ocorrer. Conclusão: Portanto, esses conceitos são fundamentais à Pedagogia do Jogo, qualificam a sensibilidade pedagógica do treinador para o desenvolvimento de seu ofício.