Resumo

Em busca de melhor promover os aspectos artísticos, tendo-se em vista os últimos ciclos olímpicos, o atual Código de Pontuação de Ginástica Rítmica (CPGR) foi submetido a significativas mudanças. É a partir desse contexto que essa pesquisa, de caráter documental e histórico, se desenvolve, tendo como objetivo, analisar as mudanças nos últimos oito ciclos Olímpicos de CPGR (1985-2016), com foco nos aspectos artísticos da modalidade. A partir da análise de diferentes ciclos do CPGR, conclui-se que há conexões de interdependência entre os aspectos artísticos e os técnicos, sendo nítido que quando há uma supervalorização do aspecto técnico há uma desvalorização do artístico. Foi possível identificar fases do CPGR, e portanto, da modalidade. Apesar de manter as suas raízes artísticas (de Dança e Ritmo), a busca pela esportivização e sistematização da modalidade, trouxe uma primeira fase caracterizada pela busca do caráter esportivo e pela padronização dos gestos da GR, baseada na inclusão de novos elementos do corpo no CPGR. A segunda fase se caracteriza por uma retomada do aspecto artístico, confirmando nossa hipótese sobre a grande mudança do último CPGR. Constatamos de maneira geral, que o CPGR atual retoma a relação entre a GR e suas origens, influenciado pela Ginástica Estética (sueca), Rítmica e Dança. Tal condição é observada, uma vez que o atual Código de Pontuação (2013-2016) marca a história da modalidade por dois aspectos: a permissão de rotinas com canto, que não eram permitidas desde a criação do CPGR; e mudanças significativas para a valorização de aspectos artísticos dos rotinas.

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