Adaptações Neuromusculares de Flexores Dorsais e Plantares a Duas Semanas de Imobilização Após Entorse de Tornozelo
Por Bruno Manfredini Baroni (Autor), Alessandra Quinteiro Galvão (Autor), Cintia Helena Ritze (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 16, n 5, 2010.
Resumo
INTRODUÇÃO: A entorse de tornozelo é uma lesão de alta incidência comumente tratada com períodos de imobilização, levando a adaptações estruturais e funcionais dos músculos atuantes nesta articulação.
OBJETIVO: Identificar as adaptações dos músculos flexores dorsais e flexores plantares após duas semanas de imobilização em sujeitos que sofreram entorse de tornozelo.
MÉTODOS: Onze indivíduos (seis mulheres e cinco homens) acometidos por entorse de tornozelo grau II foram submetidos a 14 dias de imobilização por tala gessada. Após a retirada da imobilização, foram realizadas avaliações bilaterais de (1) perimetria da perna, (2) amplitude de movimento (ADM) do tornozelo, (3) torque isométrico máximo de flexores dorsais e flexores plantares em sete ângulos do tornozelo e (4) ativação eletromiográfica dos músculos tibial anterior (TA), sóleo (SO) e gastrocnêmio medial (GM). Os resultados obtidos no segmento imobilizado foram comparados com os do segmento saudável contralateral através de um teste t deStudent pareado (p < 0,05).
RESULTADOS: O segmento imobilizado apresentou redução (1) da circunferência nas regiões proximais da perna, (2) da ADM de flexão dorsal e plantar, (3) do torque isométrico máximo de flexores dorsais e plantares e (4) do sinal eletromiográfico do TA em todos os ângulos articulares e do SO nos maiores comprimentos musculares. Não houve diferença no sinal eletromiográfico do músculo GM.
CONCLUSÃO: Um período relativamente curto de imobilização (duas semanas) prejudica a funcionalidade dos músculos flexores dorsais e flexores plantares do tornozelo.