Resumo

A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum em humanos. Sua etiologia envolve fatores ambientais e genéticos desencadeando morte de neurônios dopaminérgicos da substância negra, um núcleo associado ao controle da motricidade, o que resulta nos sintomas motores da doença. Na rotina clínica, intervenções com exercício físico mostram-se eficazes em promover melhora geral na condição física de pacientes, além de gerar benefícios ao cérebro. Estudos indicam que o músculo esquelético pode ser o principal mediador dos efeitos benéficos do exercício regular uma vez que a contração muscular interfere em vias de sinalização que regulam mudanças metabólicas e fenotípicas, bem como a produção de interleucinas e fatores neurotróficos. Este trabalho teve como objetivo investigar a existência de alterações no comportamento motor, nos níveis séricos e musculares de fatores neurotróficos e na ultraestrutura muscular, em modelo experimental da fase pré-clina da doença de Parkinson por infusão intranasal de MPTP em ratos Holtzman (1-metil-4-fenil-1,2,3,6- tetrahidropiridina) , e avaliar o efeito do treinamento em esteira sobre essas alterações. Para análise do comportamento motor foram utilizados os testes de impressão de pata e campo aberto. Os animais exercitados em esteira apresentaram aumento significativo dos comprimentos do passo e passada, bem como da curiosidade exploratória, quando comparados aos animais sedentários. A condição motora não foi afetada pelo MPTP . Os animais treinados apresentaram redução nos níveis séricos de BDNF, mas não de GDNF. A neurotoxina provocou redução nos níveis de BDNF no soro e músculo sóleo de animais sedentários, mas não de animais treinados, enquanto os níveis de GDNF não foram alterados.

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