Resumo

Este artigo usa um poema existente, Árvore (Tree em Português), juntamente com as entradas de nosso diário, como uma inovação metodológica no autoestudo poético. O autoestudo teve como objetivo compreender o vínculo estético no desenvolvimento do ser professor-pesquisador. Este foi um afastamento da racionalidade positivista e a afirmação de um paradigma antropoformador que conecta pesquisa, ação e formação por meio de uma epistemologia sistêmica transdisciplinar. O contexto deste autoestudo é uma relação entre professores-pesquisadores de uma escola de ensino médio e duas instituições de ensino superior do nordeste brasileiro. Utilizando um diário reflexivo antropoético (abertura para criação ética e estética, possibilidades críticas e reinvenção pedagógica), dois professores-pesquisadores de educação física desenvolveram uma amizade crítica em um processo de autoestudo colaborativo sobre as complexidades de iniciar a docência para um deles. Compartilhamos nosso aprendizado em um diário com trechos organizados em três linhas de pensamento, ou o que chamamos de sobrevoos reflexivos, sobre: história de vida, formação docente e prática pedagógica de iniciação na profissão de professor-pesquisador. As categorias temáticas foram representadas por trechos do poema Árvore. Os três sobrevoos reflexivos explorados incluíram os saberes docentes dos professores-pesquisadores, que por sua vez convergem e divergem, impactando o outro, a metodologia e o contexto da prática. Nossa amizade crítica contribuiu para o processo  de iniciação na profissão de professor-pesquisador por meio da comunicação interativa e criativa. Esse autoestudo poético aponta para diferentes caminhos de aprendizado e crescimento profissional, aumentando o valor e o impacto do uso da poesia para dar sentido aos resultados da pesquisa.

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