Análise do Autoconceito de Atletas de Voleibol de Rendimento.
Por Lenamar Fiorese (Autor), José Luiz Lopes Vieira (Autor), Christiane de Cássia Ferraz (Autor), Leonardo Pestillo de Oliveira (Autor).
Em Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (até 2003 Revista Paulista de Educação Física) v. 24, n 3, 2010. Da página 315 a 322
Resumo
Esta pesquisa buscou investigar a valorização do autoconceito em equipes de voleibol de alto rendimento. Foram sujeitos 31 atletas de voleibol, das categorias adulto masculina, juvenil masculina e juvenil feminina. Utilizou-se como instrumento de medida a Escala Fatorial de Autoconceito. Para a análise dos dados foram utilizados os testes kruskall-Wallis e MANOVA. Os dados demonstraram que as equipes comportaram-se de forma semelhante quanto aos fatores do autoconceito, ocorrendo diferença estatisticamente significativa para o fator segurança entre as equipes juvenis feminina e masculina. O fator ético-moral apresentou altos níveis de valorização em relação aos outros fatores, sendo estatisticamente superior nas equipes feminina e masculina juvenis. Na equipe masculina adulta este fator foi superior aos fatores "somático", "receptividade" e "atitude social". O sentimento de pertencer a um grupo socialmente valorizado parece ser o principal motivo de os atletas se perceberem como sujeitos morais. Conclui-se que existem diferenças de gênero quanto ao autoconceito ("segurança"), de modo que o esporte favorece o sentimento de "moralidade" e vivências de autoconsideração, propiciando a congruência do self-experiência.