Resumo

Objetivo:
Verificar os efeitos da fadiga no padrão de movimento de membros superiores na corrida.

Métodos e Resultados:
Quatro indivíduos habituados com corrida e familiarizados com corrida em esteira. Filmados durante corrida numa velocidade constante até a exaustão no qual se analisou o padrão de movimento no início (sem fadiga SF) e final da corrida até exaustão volacional (com fadiga CF). O teste foi realizado com velocidade 10% acima da velocidade do limiar, determinada anteriormente em teste ergoespirométrico para a verificação do ponto de compensação respiratória, equivalente ao limiar individual de lactato adaptado do teste de Bruce (1992). As imagens foram registradas com 2 câmeras (JVC 30 Hz). Antes da corrida, foi filmado um sistema de calibração com coordenadas (x, y, z) conhecidas e os indivíduos receberam marcas esféricas reflexivas em pontos anatômicos específicos. As imagens foram transferidas para o computador utilizando-se a placa Pinnacle e digitalizadas no programa “Dvídeo”. Os cálculos das variáveis cinemáticas foram feitos utilizando o programa UDP e as análises estatísticas através do programa SPSS v.17. Foi realizado o teste t pareado com nível de significância de 0,05. Com relação à articulação do cotovelo não encontramos diferenças significativas com valores médios para pico de extensão SF (96,88º±15,82), CF (93,72º±20,43); do pico de flexão SF (66,97º±9,53), CF (81,24º±9,55); da amplitude de extensão SF (39,54º±16,88), CF (11,56º±1,63); amplitude de flexão SF (19,88º±13,98), CF (14,13º±11,41), embora seja possível observar modificações no padrão do movimento, não ficando bem definidas as fases de flexão e extensão na fadiga.

Conclusão:
Fadiga durante a corrida não altera significativamente o padrão de movimento dos membros superiores, contudo, percebeu-se uma tendência em ocorrer uma adequação no movimento com fadiga no sentido de flexionar e estender menos o cotovelo, mantendo o braço menor oscilação para minimizar o gasto desnecessário de energia e protelar a fadiga.