Análise Biomecânica dos Membros Superiores na Corrida em Fadiga
Por Igor Roberto Dias (Autor), Ana Paula Xavier Ladeira (Autor), Elias de França (Autor), Igor Aparecido de Andrade (Autor), Rafael Moura Massoni (Autor), Sônia Cavalcanti Corrêa (Autor).
Em XIV Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Objetivo:
Verificar os efeitos da fadiga no padrão de movimento de membros superiores na corrida.
Métodos e Resultados:
Quatro indivíduos habituados com corrida e familiarizados com corrida em esteira. Filmados durante corrida numa velocidade constante até a exaustão no qual se analisou o padrão de movimento no início (sem fadiga SF) e final da corrida até exaustão volacional (com fadiga CF). O teste foi realizado com velocidade 10% acima da velocidade do limiar, determinada anteriormente em teste ergoespirométrico para a verificação do ponto de compensação respiratória, equivalente ao limiar individual de lactato adaptado do teste de Bruce (1992). As imagens foram registradas com 2 câmeras (JVC 30 Hz). Antes da corrida, foi filmado um sistema de calibração com coordenadas (x, y, z) conhecidas e os indivíduos receberam marcas esféricas reflexivas em pontos anatômicos específicos. As imagens foram transferidas para o computador utilizando-se a placa Pinnacle e digitalizadas no programa “Dvídeo”. Os cálculos das variáveis cinemáticas foram feitos utilizando o programa UDP e as análises estatísticas através do programa SPSS v.17. Foi realizado o teste t pareado com nível de significância de 0,05. Com relação à articulação do cotovelo não encontramos diferenças significativas com valores médios para pico de extensão SF (96,88º±15,82), CF (93,72º±20,43); do pico de flexão SF (66,97º±9,53), CF (81,24º±9,55); da amplitude de extensão SF (39,54º±16,88), CF (11,56º±1,63); amplitude de flexão SF (19,88º±13,98), CF (14,13º±11,41), embora seja possível observar modificações no padrão do movimento, não ficando bem definidas as fases de flexão e extensão na fadiga.
Conclusão:
Fadiga durante a corrida não altera significativamente o padrão de movimento dos membros superiores, contudo, percebeu-se uma tendência em ocorrer uma adequação no movimento com fadiga no sentido de flexionar e estender menos o cotovelo, mantendo o braço menor oscilação para minimizar o gasto desnecessário de energia e protelar a fadiga.